Sítio Buraco Fundo: uma nova forma de pensar o turismo

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Você já parou para refletir quantas vezes ao longo da semana diz que sua rotina está corrida? Nos últimos anos tem sido cada vez mais comum ouvir as pessoas falarem sobre a grande quantidade de tarefas para fazer e a falta de tempo para realizar atividades de lazer.

Paralelo a isso, na tentativa de desacelerar, há quem busque visitar lugares que ofereçam atrativos em meio à natureza e, assim, consiga ‘desligar a chave’. Um desses pontos turísticos é o Sítio Buraco Fundo, localizado no interior de Vale Verde. A pousada romântica, que completa sete anos em outubro, adotou como proposta de trabalho oferecer aos turistas um espaço para, literalmente, fazer nada.

“As pessoas buscam um lugar para fugir da correria e vêm até aqui em busca de tranquilidade e exclusividade. A proposta do sítio é o nadismo, que é a arte de não fazer nada”, destaca a proprietária do local, Paula Kist.

Formada em Turismo e Gastronomia, com especialização em Hotelaria, ela apostou em oferecer aos hóspedes um lugar para relaxar a partir da contemplação da natureza e com recursos ecológicos, que valorizam e preservam o meio ambiente. Por isso, tudo foi pensado para oferecer aconchego e uma conexão interna e com os aspectos naturais.

Estrutura

O Sítio Buraco Fundo tem para hospedagem duas cabanas em madeira. Também há um espaço com fogueira para contemplar o pôr do sol, piscina, sala de massoterapia e spa com hidromassagem. A intenção é oferecer um atendimento exclusivo aos hóspedes.

Cinco pessoas trabalham no local, das quais quatro realizam funções diariamente. A avó de Paula, Cecília Iöchims Kist, 88 anos, também auxilia nas atividades, especialmente no preparo das refeições. Inclusive, a proprietária do Sítio Buraco Fundo busca oferecer aos turistas apenas produtos feitos na região.

“O sítio oferece aos hóspedes a oportunidade de se conectar consigo mesmo e com a natureza e se desconectar do mundo. ”

PAULA KIST – Proprietária do Sítio Buraco Fundo

Trabalho voluntário auxilia na recuperação de pássaros

Além da estrutura da pousada, o Sítio Buraco Fundo tem um espaço para a recuperação de pássaros. Há quase três anos, Paula realiza um trabalho totalmente voluntário a partir do Centro de Reabilitação e Soltura de Animais Silvestres e recebe diversas espécies de pássaros, que normalmente foram vítimas do tráfico de animais.

Os animais são resgatados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e passam pelo processo de recuperação no sítio, que varia entre 40 e 60 dias. Durante esse período, as aves permanecem no corredor de voo, onde aprendem a voar e, quando estão reabilitadas, são soltas.

Além do Sítio Buraco Fundo, há apenas mais um ponto de reabilitação e soltura no estado. “Não pretendo nunca parar de realizar esse trabalho. Acho que foi a melhor coisa que fiz na vida”, ressalta Paula. A pousada também recebe animais já reabilitados.

Pássaros resgatados pelo Ibama permanecem no sítio até aprenderem a voar (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)



Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

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