Desde segunda-feira, 27, a Escola Estadual de Ensino Médio Mariante está totalmente realocada em um único prédio, chamado popularmente de ‘grupo escola’, que fica localizado cerca de 400 metros distante do prédio antigo. A mudança foi necessária porque a antiga estrutura – conhecida por ginásio – foi interditada pela Secretaria de Obras do Rio Grande do Sul, devido às más condições de conservação.
A diretora da instituição, Naira Elisabeth Rosa, afirma que desde terça-feira, 28, todas as turmas estão alocadas no novo espaço e nenhum aluno ficou com prejuízo nas aulas. Na segunda, no dia em que tudo foi organizado – inclusive com a ajuda de pais, alunos e um caminhão da Prefeitura -, os estudantes tiveram aulas remotas.
Naira comenta que o prejuízo principal é com as salas para demais atividades, como a biblioteca, sala de vídeo, informática, recursos e o refeitório, que tiveram que se tornar também salas de aula. “As únicas turmas que estão dividindo salas são os dois quartos anos, que no momento têm aula juntos, mas cada um com a sua professora.” A intenção, como explica a diretora, é fazer uma repartição onde era o refeitório, já que é uma sala grande, para criar mais um espaço de aula para o 4º ano. A Prefeitura já manifestou interesse em ajudar nesta pequena obra.
A secretaria e a parte administrativa da escola ainda estão comprometidas, mas de acordo com a diretora, ela já está levantando orçamentos para que uma sala seja feita no saguão de entrada do prédio. Segundo Naira, o prédio da capatazia de Vila Mariante, cedido pela Prefeitura, a princípio não será usado, já que precisa de reformas e, por enquanto, a escola conseguiu suprir a necessidade de realocação de todas as salas de aula. “Como os espaços não estão prontos para uso, vamos utilizar em último caso, mas é importante termos esta saída.”
Vinda de contêineres
A chegada dos contêineres para que mais três salas de aula sejam disponibilizadas deve acontecer dentro de um mês. Naira enfatiza que a equipe da 6ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop) esteve na escola na terça, 28, e nas análises constataram as possibilidades de locais para a instalação de três contêineres. “Quando chagarem, vamos colocar os alunos lá e voltamos a ter refeitório e as salas de atividades diversas para eles. Tudo volta ao normal.”
Uma equipe do Estado deve agora começar o processo de execução de uma base elevada para a colocação dos contêineres, já que a escola está em uma área que sofre constantemente com enchentes.
Ontem, o responsável pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, participou do Programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM, e reiterou que os contêineres devem chegar na escola nas próximas semanas. “O prédio da escola teve uma restruturação dos espaços físicos para atender de forma imediata. Os contêineres darão melhores condições e a possibilidade de realocação dos setores que ficaram provisoriamente como salas de aula.”
Tudo em um só lugar
A professora de 8º e 9º anos e das turmas do Ensino Médio, Gabriela Liz Fischer, enfatiza que apesar das perdas de espaços registradas, gosta das novas salas de aula. “Temos espaços maiores e mais arejados agora. O ideal é que toda a estrutura da escola ficasse concentrada em um só prédio, mas também não queremos ver o antigo abandonado.”
Gabriela comenta que ao ter toda a estrutura escolar em um único local são gerados menos gastos e também evita deslocamentos, já que muitas vezes nas trocas de horários das aulas, os alunos tinham que caminhar os cerca de 400 metros.
“Os alunos estão muito bem alocados. Quero acalmar a comunidade, pois a escola nunca irá fechar e, muito menos, os alunos serão mandados para outro educandário.”
NAIRA ELISABETH ROSA
Diretora da Escola Mariante