O Centro Regional de Referência para Mulheres em Situação de Violência do Vale do Rio Pardo deve mesmo ser instalado em Venâncio Aires. Tratativas neste sentido estão sendo alinhavadas e nos próximos dias acontece uma reunião para definir os próximos passos. O mais importante, agora, é saber se todos os municípios do Vale do Rio Pardo vão aderir à iniciativa e conseguir os recursos para construir – ou alugar – e manter o Centro.
Esse encontro será realizado no dia 3 de agosto, no Gabinete da Primeira Dama, Janete da Rosa. Além dela, devem participar a coordenadora das Mulheres Trabalhadoras Rurais, da regional Vale do Rio Pardo e baixo Jacuí, Salete Faber, as vereadoras Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) e Sandra Wagner (PSB), e a assistente social Viviane Mengue Pegoraro, coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), entre outros convidados.
A ideia inicial é de construir um prédio para instalar o Centro Regional, mas nada impede que seja alugado um imóvel para dar o primeiro passo. “A intenção final seria construir mesmo um prédio e o manter com recursos federais e das prefeituras parceiras. Mas nada impede que a gente alugue uma casa para dar conta da demanda, até que esse processo de construção e tudo mais saia do papel”, explicou Ana Cláudia, que é assistente social concursada da Prefeitura.
Sobre o engajamento das prefeituras de todos os municípios do vale do Rio Pardo, Ana Cláudia ressalta que ainda faltam confirmações.
Ela ressalta que estes são os temas centrais da reunião do próximo dia 3. A ideia tem o aval do prefeito Jarbas da Rosa e já foi comentado na última reunião da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). “O prefeito Jarbas já sinalizou positivamente, mas temos que construir isso a várias mãos”, observou Ana Cláudia.
MAIS DE UMA POR DIA
Levantamento feito na Delegacia de Polícia mostra que entre o mês de janeiro e a manhã do dia 22 (sexta-feira), 216 mulheres denunciaram ter sofrido violência doméstica em Venâncio Aires e Mato Leitão e solicitaram as medidas protetivas da Lei Maria da Penha.
Só nos meses de fevereiro (39 casos), Março, (40) e abril (37), somam 116 registros. Só no primeiro semestre foram 192 denúncias, com pedidos de medidas protetivas. Em todos os casos, as mulheres vítimas são orientadas a procurar um local seguro para ficar, até que a situação se normalize.
Com a criação do Centro, as mulheres vítimas (e seus filhos), terão um local seguro para serem abrigadas.