Campereando noutra querência

Os últimos dias foram marcados por despedidas, deste plano, de jovens que começavam suas trajetórias de vida e no tradicionalismo, e também de ícones da nossa cultura gaúcha. Uma caminhada que todos sabemos ser finita, porém, as partidas sempre são momentos que vão além do nosso entendimento, independentemente, da idade. Resta-nos crer que estamos, de fato, de passagem nesta querência.

DOS PRIMÓRDIOS

Entre as partidas para a Querência Maior, está Délcio José Dornelles, conhecido por Coca, pelos amigos. Aos 78 anos, seu Délcio faleceu no dia 28 de julho, às 14h45min, no Hospital São Sebastião Mártir.

Integrante do primeiro grupo de laçadores do Centro de Tradição Gaúcha (CTG) Erva-Mate, seu Délcio residia em Vale Verde, onde se dedicava à pecuária, junto dos filhos, Alexandre Emílio Dornelles, 36 anos, Arceli Martins Dornelles, 35 anos, e da esposa, Rita Teixeira Dornelles.

HOMENAGEM

Natural de Venâncio Aires, nascido no dia 13 de janeiro de 1944, seu Délcio viveu por muitos anos em Ponte Queimada, onde reside o filho Adelar Dornelles, 51 anos, responsável por estes relatos. Juntamente com os irmãos, as netas Franciele Teresinha Dornelles e José Felipe Dornelles, demais familiares e amigos, registram a homenagem ao pai, avô e grande laçador.

Embora, nos últimos anos, estivesse afastado das pistas de laço, a sua trajetória foi marcada por rodeios, amigos, e também a cedência de gado, quando o Erva-Mate iniciava o pioneirismo na Capital do Chimarrão com a modalidade de Tiro de Laço, na Linha Mangueirão.

Adelar, ainda piazito, acompanhava o pai nos rodeios (Foto: arquivo de família)

Adelar conta que, ainda, muito pequeno acompanhava o pai a cavalo. Ele lembra, com emoção, o transporte dos bois para rodeios, feito com um caminhão boiadeiro, na época da Administração Municipal. “Naquele tempo os rodeios eram muito diferentes de hoje, não havia investimento, era tudo muito simples. O gado também não tinha custo. Até a bebida e a comida eram levadas junto com os laçadores”, relembra.

Nota da colunista

Agradecimentos ao senhor Oli Franco, do CTG Chaleira Preta, por nos trazer o contato do filho Adelar, para que fosse feito o registro deste legado.

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