A insulina é indispensável para diabéticos, pois atua no controlar a glicemia. O medicamento está disponível em todas as farmácias municipais e os profissionais responsáveis – os farmacêuticos – auxiliam para o uso correto de medicações e equipamentos, como glicosímetros e dispositivos para a aplicação de insulina (canetas e seringas), além de explicar a forma correta de transportar os remédios.
O medicamento precisa ser armazenado sob refrigeração (2 a 8 graus) e, para que mantenha sua eficácia, não pode sofrer variações térmicas. O transporte adequado da insulina permite a ação biológica correta deste hormônio. Pensando nisso, a Farmácia Municipal da Cidade das Orquídeas personaliza e disponibiliza bolsas térmicas e gelo reutilizável rígido (gelox) aos pacientes que utilizam canetas de insulina, para transportar o medicamento de modo correto da farmácia até suas residências.
No município, 24 pacientes são usuários de canetas de insulina e foram beneficiados com a bolsa térmica, que passou a ser obrigatória para a liberação de canetas de insulina. No total, são 40 pacientes que utilizam a insulina, seja com canetas ou seringas.
Iniciativa
A ideia veio das duas farmacêuticas do espaço, Greice Catrine Goerck e Greice Raquel Dettenborn. Segundo elas, o desejo de criar um objeto personalizado e adaptado para o transporte existe há algum tempo, contudo, em junho recebeu aprovação e o projetado acabou sendo colocado em prática. “No primeiro momento em que iniciamos aqui, em 2016, não era obrigatória a necessidade de bolsas. Posteriormente, colocamos à disposição os tradicionais isopores e, depois, pedimos que os pacientes trouxessem de casa para o transporte. Porém, eles não tinham o tamanho adequado para as canetas e surgiu a ideia da bolsa. Ela é mais adaptada e adequada para o transporte”, relata Greice Goerck.
Na hora da entrega, é reforçada a importância da manutenção na temperatura correta, para que não haja problemas após a aplicação. As canetas de insulina são retiradas mensalmente pelos pacientes – apesar de a aplicação ser diária – e cada um recebeu a sua bolsa térmica para realizar o transporte. “Enquanto a pessoa utilizar a insulina, poderá ficar com a bolsa térmica. Compramos com uma pequena sobra, e pedimos a colaboração das pessoas para que cuidem bem dos itens”, complementa a farmacêutica.
Já Greice Detternborn reitera o processo de treinamento após alterações no tratamento ou até para casos como a mudança para a bolsa térmica. “Quando acontece a transição dos medicamentos para a insulina, o paciente faz uma consulta para explicação e aprendizado. Toda a orientação é importante, desde a primeira informação, até o rodízio de locais de aplicação. Isso inclui, também, manuais de como armazenar as canetas e seringas”, salienta.
Aprovação
Morador da Cidade das Orquídeas, Adolar Inácio Reiter, de 71 anos, relembra que descobriu a diabetes com 45 anos. “Fui me cuidando, porque é hereditário, quase toda a família tem. Aos poucos, vamos nos conhecendo melhor e, com o tempo, percebi que a medicação não era suficiente. Foi quando pedi ao médico para utilizar a insulina”, conta.
Atualmente, ele cuida da alimentação e utiliza, diariamente, a insulina com as canetas de aplicação. De acordo com Adolar, a bolsa foi uma mudança excelente, pois tornou o transporte e armazenamento mais fácil e simples. “Moro perto e, às vezes, carregava em sacolas ou com gelo que trazia. Imagina quem mora longe”, observa.
Para ele, o maior problema era quando saía para viajar e tinha de colocar no isopor com gelo dentro. “Agora tem até o gelo junto para facilitar. Estou muito satisfeito, inclusive com os profissionais do posto de saúde, que são excelentes”, conclui.