Os candidatos e seus números

Quando vamos às urnas, a cada eleição, temos que digitar o número dos candidatos em quem votamos. Dos quatro candidatos de Venâncio nesta eleição, três para deputado estadual e uma para deputada federal, mais os dois federais eleitos mais votados aqui, os números escolhidos tem motivos e significados.

Estaduais
Airton Artus (PDT) 12.012
Celso Krämer (Podemos) 19.234
Giovane Wickert (PSB) 40.244

Federais
Heitor Schuch (PSB) 40.12
Marcelo Moraes (PL) 22.14
Silvia Schirrmann (Podemos) 19.29

Os estaduais
Celso Krämer concorre pela quarta vez a estadual. Foi em 2010, 2014, 2018, pelo PTB e agora pelo Podemos. Nesta eleição tem o número 19 do partido mais o 234, que diz ser um número de sorte. Ele teve o 14.234 quando foi vereador pelo PTB duas vezes. Depois, quando foi a vice, passou o número para Ezequiel Sthal, que se elegeu duas vezes também. Só em 2018 para estadual, que Celso usou o 14.014 na dobradinha com Marcelo Moraes com o 14.14.
Airton Artus PDT) repete o 12.012 que usou em 2018 para deputado estadual, quando lhe faltaram 199 votos para se eleger. Ele diz que a escolha do número é pela fácil memorização.
Giovane Wickert concorreu pela primeira vez a deputado em 2014, pelo PT, com o número 12.213. Agora concorre pelo PSB, com o número 40.244. A escolha do 244 tem motivo: “Para reafirmar meu compromisso com a sequência da obra da ERS 244 e minha identidade com as obras importantes da nossa região”, explica ele.

Os federais
Silvia Schirrmann concorre a deputada federal pelo Podemos e tem o número 19.29. O 19 do partido e o 29 que escolheu. Ela explica assim a escolha: “Entre os números possíveis, o 29 foi o que me soou melhor. Foi uma escolha intuitiva. Fácil de memorizar. Quando pesquisei pelo seu significado, também gostei do que vi. Esse número tem como essência uma energia positiva. Ele representa a maternidade, que é capaz de gerar, nutrir e acolher. É tido como um número que simboliza a sensibilidade, o conhecimento e a força da intuição.”
Dos dois federais mais votados em Venâncio em 2018, que concorrem à reeleição, Heitor Schuch (PSB) repete o 40.12 e explica: “O meu número para deputado estadual era 40.125. Para deputado federal são 4 números, com isso, ficou 40.12. O 40 do partido e o 12 (dos apóstolos). Schuch se elegeu estadual em 2002 pelo PSB, e se reelegeu em 2006, 2010. Em 2014 se elegeu federal e em 2018 se reelegeu.
Marcelo Moraes se elegeu vereador de Santa Cruz em 2008, deputado estadual em 2010, reeleito em 2014, e se elegeu federal em 2018, com 14.14 pelo PTB. Agora no PL, usa o 22 do partido mais o 14. “22 é o ano, e este ano completo 14 anos de mandato”, explica Moraes sobre o seu número.
Ao pesquisar sobre os mandatos dos dois no WikipédiA, tem lá que Shuch votou 72% das vezes contra o governo Bolsonaro e Marcelo Moraes 92% das vezes a favor do governo Bolsonaro.

Afonso Hamm visita Venâncio

Na quinta, 18, o deputado federal Afonso Hamm (PP), que é de Bagé, e tem apoio do PP de Venâncio, esteve na cidade e foi recebido na sede do partido, na rua Sete de Setembro, pelo presidente da Executiva, Ailto de Melo e outros dirigentes da sigla, como Inácio Lücke, Clédio Staub e Rejane Rüdiger Pastore. O vereador André Kauffmann (PTB), amigo pessoal de Hamm, também esteve lá.

Deputado Afonso Hamm está em campanha de reeleição. (Foto: Divulgação)

Adão Viana com João Rodrigues

Na quinta, 25, esteve em Venâncio o radialista João Rodrigues, de Parobé, candidato a deputado federal pelo Podemos. Ele apoia Roberto Argenta, do PSC, para o Piratini e tem apoio aqui de Adão Viana e Andreia Albrecht, filiados do União Brasil em Venâncio. Rodrigues faz a conta de se eleger federal com 40 mil votos, beneficiado por Lasier Martins e Maurício Dziedricki, que projeta, devem fazer votação alta.

Na visita a Venâncio, Rodrigues esteve aqui na Folha. (Foto: Divulgação)

O 7 de setembro desvalorizado

Acompanho o movimento claro de desvalorização do 7 de setembro, o Dia da Independência do Brasil, uma data historicamente comemorada por escolas, com desfiles cívicos, como os de Venâncio, onde 10 mil pessoas participavam de uma verdadeira festa cívica até antes da pandemia, e que vão retomar neste ano, com alunos, professores, pais, entidades e público assistente na Osvaldo Aranha. Data em que o Exército fazia desfiles pomposos como os de Porto Alegre, Brasília, saudando a nossa Pátria.
De repente o ‘establishment’ tenta ‘diminuir’ o 7 de setembro, justamente no ano do bicentenário de Independência, proclamada por Dom Pedro em 1822. Mas é ano de eleição e o presidente da República, Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, é militar e seus apoiadores usam o verde amarelo, as cores da bandeira do país.
Os Ministros do STF ameaçam prender quem fizer ato ‘antidemocrático’ no 7 de setembro. Alexandre Moraes, ministro do STF, presidente do TSE, coloca ‘gasolina na fogueira’ ao determinar busca e apreensão contra grandes empresários que apoiam Bolsonaro, acusados de defender golpe de estado, por conversas de whats, que até aqui não incriminaram nenhum deles. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), proíbe atos de 7 de setembro nos quartéis de SP. Domingo, no Fantástico, na Globo, tirei tempo para ver reportagem sobre o 7 de setembro, e a narrativa – que não me surpreendeu em nada – foi de questionar e desvalorizar a data. Chegaram a insinuar que não é uma data importante e que até existe uma dúvida, se não foi no dia 12 de outubro o ato da Independência. A impressão é de um movimento orquestrado para desvalorizar o 7 de setembro, como forma de atingir a campanha de Bolsonaro.
Nossa liberdade está mesmo ameaçada, mas não pelo golpe de Estado acusado­ por Moraes.

Lula no JN

E a Globo ‘passou recibo’. Ao entrevistar Lula no Jornal Nacional, Bonner logo tentou inocentar Lula, citando que ele não devia mais nada para a Justiça. Lula foi condenado há 24 anos de prisão por corrupção. Nunca foi inocentado, teve sua pena, de três instâncias da justiça, anulada pelos seus nomeados no STF. A entrevista foi um ‘mamão com açúcar’, onde Lula empilhou mentiras sem ser contestado por Bonner e Renata Vasconcelos, que foram ‘leões’ com Bolsonaro na segunda e ‘gatinhos’ com Lula na quinta. Lula chamou os empresários do agronegócio, que sustentam boa parte da nossa economia, de fascistas e por aí vai. O jornalismo da grande mídia é mesmo militante.

Olívio lidera

O PT ‘desaposentou’ Olívio Dutra, 81 anos, para concorrer ao Senado e ele larga na frente nas primeiras pesquisas. O Ipec, antigo Ibope, deu Olívio com 25%, contra 23% de Ana Amélia (PSD) e 16% de Hamilton Mourão (Republicanos).
Já a pesquisa Paraná tem Olivio com 25,2%, e inverte, Mourão com 24,2% e Ana Amélia com 18,6%.
Para governador a Paraná , divulgada ontem, tem Eduardo Leite (PSDB) com 31,6%, Onyx Lorenzoni (PL) com 25,1%, Edegar Pretto (PT) com 8,9% e Heinze (PP) com 6,9%.
Para presidente a Paraná deu Jair Bolsonaro (PL) com 42,4% no RS e Lula (PT) com 34,7%. Ciro Gomes (PDT) tem 6,5% e Simone Tebet (MDB) 2,3.
Falta pouco mais de um mês para a eleição de 2 de outubro.

Notinhas

  • Na quarta saiu pesquisa do Instituto Paraná. Tem Lula com 41,7% contra 37% de Bolsonaro. Ciro tem 7,3% e Simone 2,7%. Em segundo turno dá Lula 47,8% e Bolsonaro 40,4%. Indecisos 4,1%.
  • O ex-vice-prefeito Celso Krämer lançou sua candidatura a deputado estadual pelo Podemos ontem à noite, na Sede dos Motoristas, em dobradinha com Silvia Schirrmann para deputada federal.
  • E neste domingo tem o primeiro debate presidencials na TV. Será às 21h na rede Bandeirantes.


Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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