Por Ana Flávia Hantt **
Em um fim de semana que acompanhamos a partida da monarca mais conhecida e reverenciada do ocidente, Rainha Elizabeth II, é possível lembrar que outros países europeus também possuem sua monarquia.
Luxemburgo, por exemplo, é o único grão-ducado do continente, o que significa que, ao invés de um rei ou rainha, o monarca soberano e chefe de estado é um grão-duque ou uma grã-duquesa. Desde 2000, Henrique Alberto Gabriel Félix Maria Guilherme, o grão-duque Henrique, hoje com 67 anos, mantém o título, que é passado a cada geração para o(a) primogênito(a) da família.
Historicamente, o pequeno território de Luxemburgo (aproximadamente a mesma extensão da região metropolitana de Porto Alegre) pertenceu a membros da realeza (lordes e duques), ou foi agregado por meio de guerras e batalhas aos países vizinhos (França, Alemanha, Bélgica e Holanda). Luxemburgo esteve sob controle francês até a derrota de Napoleão Bonaparte, e permaneceu sob posse dos reis holandeses até 1890, quando o grão-ducado passou para as mãos da Casa de Nassau-Weilburg.
Curiosamente, os atuais monarcas possuem uma grande ligação com as famílias reais brasileira e portuguesa: o grão-duque Henrique é bisneto de Maria Antônia de Bragança e Maria Ana de Bragança, filhas do rei Dom Miguel, irmão do imperador Dom Pedro I do Brasil. Não é coincidência que Luxemburgo recebeu uma grande imigração portuguesa, sendo que atualmente, o Português é a terceira língua mais falada nas residências do país (atrás do luxemburguês e francês).
Há ainda, mais uma ligação com as Américas: o grão-duque Henrique casou-se em 1981 com a plebeia Maria Teresa Mestre y Batista, nascida em Havana, em Cuba. O casal se conheceu enquanto cursava a universidade em Genebra, na Suíça.
Em junho, o país celebrou o aniversário do grão-duque com uma grande festa oferecida para a população nas ruas da capital.