As eleições estão cada vez mais próximas. Em menos de um mês, mais de 156 milhões de brasileiros irão às urnas para decidir quem serão os representantes do país. Os votos serão para deputado estadual, deputado federal, senadores, governadores e presidente da República. Neste ano, o primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, e o segundo, se houver, está agendado para o dia 30 do mesmo mês.
O voto é obrigatório para jovens acima de 18 anos e idosos de até 70. Dos 16, quando é permitida a emissão do título de eleitor, aos 17, o voto é facultativo. Além disso, analfabetos e idosos com mais de 70 anos, não são obrigados a votar. Em Venâncio Aires, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 53.567 cidadãos estão aptos a votar. Deste total, mais de seis mil são idosos, acima dos 70 – 11, 8%, que votam facultativamente.
E, mesmo que não seja mais uma obrigatoriedade, há quem não deixe de exercer o direito de cidadania no dia das eleições. Renilda Teixeira, de 78 anos, está com a ‘colinha’ dos candidatos pronta, na carteira. A aposentada faz parte dos 11,8% de idosos com voto facultativo no mês de outubro. E, mesmo que ainda faltem alguns dias, Renilda esbanja empolgação e alegria pelo momento de decidir o futuro do país.
Para ficar bem informada e saber quem são as melhores escolhas para deixar o voto, a moradora de Linha Grão-Pará destaca que costuma ficar atenta às notícias. “Eu assisto televisão, escuto rádio e leio o jornal. Tem quem não goste, mas eu faço isso para tomar as decisões certas de quem eu vou escolher”, salienta. Além disso, ela acrescenta que a urna eletrônica facilita o voto. “Antes era no papel. Agora, é só digitar e aparece tudo. Eu levo a ‘colinha’ junto pra não esquecer”, comenta.
No dia 2 de outubro, quem acompanhará Renilda, por conta da distância do local de votação, é a filha Cerli Schonardt, de 59 anos. “A mãe quer votar em todas as eleições. Sempre fica atenta e esperta nos candidatos. Enquanto puder, ela quer votar”, reforça.
Quem compartilha do mesmo sentimento de empolgação é Walter Pegoraro, de 87 anos. Ele relata que votou pela primeira vez na década de 50, e quer seguir votando enquanto conseguir. “Em todos estes anos, não falhei nenhuma vez, nem mesmo quando meu voto deixou de ser obrigatório”, orgulha-se. Ele também afirma que já se envolveu com a política e chegou a ser vereador no município de Barros Cassal, no ano de 1972. “Além de vereador, eu já fui presidente de mesa e mesário”, ressalta.
O aposentado ainda está decidindo em quem votar, mas garante que acompanha os meios de comunicação para ficar bem informado. “Ainda estou decidindo. Mas, até o dia, já terei as minhas preferências prontas e, depois, coloco os números em um papel para auxiliar na votação”, explica. Para o morador do bairro Brígida, este é um compromisso com a cidadania. “Parece que se eu não for, fico em dívida comigo mesmo. Enquanto eu puder, eu vou votar”, finaliza.
“Enquanto eu puder ir e tiver alguém para me levar, eu quero votar. Eu gosto das eleições, quero contribuir para manter a cidadania e para uma sociedade melhor.”
RENILDA TEIXEIRA
Aposentada
“Eu acho tão bonito, tão bom e agradável ir votar. Me sinto realizado. Sinto que eu cumpro com minhas obrigações de cidadão.”
WALTER PEGORARO
Aposentado