Entenda o que são as fake news e desde quando existem

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Apesar da expressão ‘fake news’ estar na boca das pessoas há bastante tempo, muitas não têm conhecimento de qual é o conceito por trás dessas duas palavras. E você, sabe quando as notícias falsas surgiram e como passaram a fazer parte das nossas rotinas, principalmente no modo como comunicamos e consumimos informações? Quem responde a essas perguntas é a jornalista, doutora em Comunicação e Informação, docente do curso de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e pesquisadora na área, Cristiane Lindemann.

O que são?

  1. Em uma tradução literal, fake news são notícias falsas.
  2. Na prática, são notícias criadas com informações inverídicas ou distorcidas, mas que são facilmente confundidas com conteúdo verdadeiro, em especial porque ganham uma estética muito semelhante àquela que vemos em sites ou outros veículos jornalísticos.
  3. Nas redes sociais, é um dos ‘territórios’ mais usados para a promoção de falsas informações, principalmente para beneficiar ou defender alguma causa, a exemplo do que vem acontecendo neste período eleitoral.
  4. Outra situação que envolvem as fake news, segundo a jornalista, docente e pesquisadora, é a veiculação de notícias antigas como sendo factuais ou a apropriação de áudios ou imagens antigas utilizadas em um contexto presente, sem mencionar de que esses conteúdos ou falas se tratam de recursos e arquivo.

Você sabia?

A professora Cristiane explica que as notícias falsas já existiam muito antes do termo ser popularizado, em 2016. Nesse ano, em específico, notícias falsas foram disseminadas em grande escala durante a campanha eleitoral de Donald Trump, nos Estados Unidos. Robôs foram usados para disparar informações, conforme o interesse de usuários pelo candidato. Depois disso, a ação tomou grandes proporções no mundo todo e, por isso, o termo fake news se popularizou.

“É importante ressaltar que fake news é diferente de erro ou falha jornalística. Quando o jornalista divulga um dado errado ele tem o dever de retratar-se, atualizando a informação e assumindo esta falha.”
CRISTIANE LINDEMANN
Jornalista, doutora em Comunicação e Informação, docente da Unisc e pesquisadora

Cristiane Lindemann. (Foto: Arquivo pessoal)

Como jornalista, docente e pesquisadora, Cristiane entende que a discussão sobre esse tema é fundamental para a conscientização das pessoas sobre a seriedade do fenômeno e as consequências negativas que podem ser geradas. A partir da popularização da expressão, muitas mudanças aconteceram na prática jornalística e no entendimento que as pessoas têm da profissão.

Hoje já existem muitos projetos em redações, criados para combater as fake news que exigem maior transparência e compromisso dos profissionais com as informações. Ao mesmo tempo, esses projetos têm o dever de ‘ensinar’ e serem didáticos ao público, para que entendam como a notícia é feita, qual a importância da apuração, detalhes que antes passavam despercebidos pelos leitores, ouvintes ou telespectadores e hoje, cada vez mais, ganham atenção de todos. “Se fala de fake news nas escolas, nas rodas de conversa, nos almoços em família, os debates políticos são acompanhados sob esta perspectiva – o que é ótimo! A tecnologia favorece a disseminação das notícias e é praticamente impossível ter controle sobre isso, portanto, nosso papel é formar cidadãos com olhar crítico, atentos e conscientes da relevância disso para a sociedade”, afirma.



Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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