Nas vendas e redação, uma trajetória de boas lembranças

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*Por Leonardo Pereira e Cassiane Rodrigues

Em áreas de atuação diferentes, mas integradas, Elton Felipe Etges, 60 anos, e Luci Ellwanger, 73, levam boas recordações da Folha do Mate. Etges ingressou como entregador em 27 de setembro de 1974, um dia após completar 12 anos. Aos poucos, começou a exercer as mais diversas atividades, desde auxiliar de escritório até assinar uma coluna – que segue até os dias atuais – com apenas 15 anos de idade. Ele conta que cresceu junto com o jornal, onde aprendeu datilografia com apenas ‘dois dedos’.

Além disso, também aprendeu a fotografar, revelar filmes e fotografias, ambas no laboratório do jornal. Segundo ele, à época, o jornal era produzido com cola, tesoura, letras sobre o papel, lápis, borracha, caneta e régua. “Tudo artesanal”, frisa.

Para ele, um momento marcante foi entrevistar, junto com o colega Lula Melo, o candidato a governador, Jair Soares, em campanha, em Venâncio, na antiga Fumossul, em 1982. Outro destaque para ele, foi na década de 70, quando jogava futebol nos domingos pela manhã no time da rádio e do jornal, onde aprendeu a conhecer o interior do município e isso ampliava seu círculo de amizades.

Etges também fez cobertura em jogos do Guarani, reuniões de clubes de serviços, festas, motocross, bailes com escolhas de rainhas, e até inauguração de ‘orelhão’ – o antigo telefone público. Em 1983, foi para a área comercial com o desafio de suceder Walter Kuhn, o qual Etges considerava como ‘mestre’.

De vendedor de anúncios passou a gerenciar a equipe de vendas, onde permaneceu até o final de 1992, quando saiu do jornal para atuar no ramo de vendas de automóveis. Paralelo a isso, continua sendo colaborador, assinando uma coluna de variedades. Teve ainda outra passagem pelo jornal, de julho de 2006 a março de 2009, como gerente comercial. “A Folha do Mate faz parte da minha vida. Pois toda a fase de adolescência e maturidade tive, de alguma forma, ligação com o jornal. Me proporcionou crescimento pessoal e amadurecimento profissional”, finaliza.

Aprendizado

Luci Ellwanger, 73 anos, viveu dois terços da sua vida na Folha do Mate. Na equipe de julho de 1973 até o ano de 2020, passou por diferentes funções ao longo do tempo e cita toda a trajetória como um período de muito aprendizado.

Foi a primeira e por algum tempo a única mulher a fazer parte da equipe. No início, fazia a redação de anúncios publicitários. Passou por outros setores, como pela parte da digitação e montagem das páginas, trabalho feito de forma manual. “Era cola e tesoura para tudo. Mudou muito com o passar do tempo e aprendi muito”, reforça. Luci acompanhou o processo de modernização para fazer o jornal.

Nos últimos anos de atuação, ficava na recepção e era responsável, principalmente, pelos anúncios fúnebres. “Fazia contato com as pessoas que tinham perdido alguém há pouco tempo, às vezes isso era muito difícil”, recorda.

Desde 2020, Luci aproveita a aposentadoria em casa. Da Folha do Mate, leva as boas recordações e segue acompanhando as páginas por meio do jornal impresso. “Para mim o bom do jornal é ler enquanto manuseia, sente na mão, faz toda a diferença”, salienta.

Na máquina de escrever azul, que segue no cenário do prédio da Folha do Mate, Elton Etges iniciava mais um texto. (Foto: Arquivo Pessoal)

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