Neste domingo, 30, as eleições gerais de 2022 terão o seu capítulo final, com a realização do segundo turno. Mais de 150 milhões de brasileiros vão se deslocar aos pontos de votação para decidir entre Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo de presidente da República e, no Rio Grande do Sul, entre Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL).
Assim como aconteceu no primeiro turno, todos os brasileiros entre 18 e 70 anos são obrigados a comparecer. Com 16 e 17 anos e após os 70 anos, o voto se torna facultativo. Para que você esteja pronto para o segundo turno, a Folha do Mate preparou um especial com todas as informações necessárias.
Fique por dentro
• Documentos: Para votar, o eleitor ou eleitora precisa levar o título – na versão digital pelo aplicativo e-Título ou em papel – e um documento oficial com foto, que pode ser carteira de identidade (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), passaporte, certificado de reservista, carteira de trabalho ou carteiras emitidas por órgãos de classe como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). A Justiça Eleitoral reforça a necessidade de atualização do aplicativo e-Título até este sábado, 29.
• Ordem de votação: No segundo turno, o eleitor ou eleitora votará primeiro para governador (com dois dígitos) e, depois, para presidente (também com dois dígitos). É necessário ter atenção em relação à ordem, pois em caso de confusão, o voto será anulado.
• Local de votação: É possível consultar o local de votação no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ou, então, verificar a zona eleitoral e seção no seu título de eleitor ou no aplicativo e-Título – lembrando que não existe alteração com relação ao primeiro turno, sendo assim, é o mesmo local de votação.
• Como justificar: A eleitora ou o eleitor ausente do seu domicílio eleitoral no dia e horário da eleição poderá apresentar justificativa para o primeiro, o segundo ou ambos os turnos, por meio do aplicativo e-Título ou pelo formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral, que deve ser apresentado preenchido nas mesas receptoras de votos ou de justificativas instaladas para essa finalidade. Não é necessário anexar documentos que comprovem o motivo da ausência quando a justificativa for apresentada no dia da eleição.
• Celular: Assim como ocorreu no primeiro turno, é proibida a entrada de aparelhos celulares na cabine de votação. Antes de entrar no local, o eleitor precisa entregar o telefone para o mesário e pegar após o voto.
• Horário: A votação inicia às 8h e encerra às 17h, sem interrupção ao meio-dia. Em Venâncio Aires, 53.567 pessoas estão aptas a votar, distribuídas em 176 seções.
• Mesários: No primeiro turno, 10 mesários não comparecem na 93ª Zona Eleitoral (que abrange Venâncio Aires, Mato Leitão e Boqueirão do Leão). Eles tiveram 30 dias para justificar o motivo da ausência. O total de mesários em Venâncio Aires é de 704.
Os perfis dos candidatos a governador e a presidente
Onyx Lorenzoni (PL) – 22
Empresário e médico veterinário, Onyx Lorenzoni tem 68 anos, é casado e pai de sete filhos. Foi ministro do Trabalho e Previdência do governo Bolsonaro. Lorenzoni é candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2022 pelo PL, partido do presidente da República. Ele é gaúcho de Porto Alegre e também foi ministro-chefe da Casa Civil, da Cidadania e da Secretaria da Presidência durante o governo Bolsonaro. Concorreu à Prefeitura de Porto Alegre em 2004 e 2008, mas não conseguiu se eleger. Se elegeu duas vezes deputado estadual e cinco como deputado federal. Participou da elaboração do plano de governo do presidente na última eleição e foi responsável por coordenar a transição governamental. Onyx Lorenzoni pretende dar foco ao desenvolvimento das crianças. Para isso, deverá criar a Secretaria Estadual da Primeira Infância. O candidato também pretende implantar até 100 escolas cívico-militares por ano no estado e trabalhar a capacitação para o emprego dos jovens. Também promete rever a adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal.
Eduardo Leite (PSDB) – 45
Ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite tem 37 anos e é natural de Pelotas. Formado em Direito, fez mestrado em Gestão Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Leite concorreu pela primeira vez pelo PSDB em 2004, quando foi candidato a vereador por sua cidade natal, mas não obteve sucesso. No pleito de 2008, concorreu novamente a uma vaga de vereador e foi eleito. Ele também foi prefeito de Pelotas, de 2013 a 2017. Em 2018, foi candidato ao Governo do Rio Grande do Sul, se elegeu e ocupou o cargo até o início deste ano. Ele renunciou com a intenção de concorrer à presidência da República, mas perdeu as prévias do PSDB para o governador de São Paulo, João Doria. Leite foi o primeiro político em cargo no Executivo a se declarar homossexual. O candidato define como prioridade de um eventual segundo mandato os investimentos em educação. Segundo seu programa de governo, a área deve receber aporte de R$ 1,3 bilhão. Outros quatro temas são apresentados como centrais: qualidade no atendimento à saúde, combate à pobreza, apoio ao agronegócio e crescimento em inovação.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 13
Lula tem 76 anos, nasceu em Garanhuns, no Pernambuco, e se mudou ainda criança para São Paulo. Foi eleito presidente em 2002 e reeleito para o cargo em 2006. No pleito deste ano, busca o terceiro mandato como presidente do Brasil, com o suporte da esquerda brasileira.
Jair Messias Bolsonaro (PL) – 22
Nascido no município de Glicério, em São Paulo, e registrado em Campinas, Bolsonaro tem 67 anos e foi eleito presidente em 2018. Antes disso, exerceu sete mandatos como deputado federal pelo Rio de Janeiro, entre 1991 e 2018. Nestas eleições, busca o segundo mandato, com apoio da direita.