Além da decoração, que chama a atenção para casas, e o enfeite de diversos locais, a culinária do Natal é algo que marca intensamente o período do fim do ano. Peru, ceia e frutas cristalizadas são alimentos muito lembrados. Mas tem um que ganha o coração de muitos: o panetone. E, na Capital Nacional do Chimarrão, a comerciária e confeiteira Niege Oliveira, 30 anos, criou um específico com a marca registrada do município: o panetone de erva-mate.
De acordo com Niege, desde pequena sempre gostou de fazer doces e, com o passar dos anos, fez cursos e aperfeiçoamentos na área. Há sete anos, ela tem a confeitaria como um hobby e ganha uma renda extra. “Minha especialidade são os doces”, comenta. Com a aproximação do Natal, ela afirma que teve a ideia de incrementar a erva-mate no panetone.
“Queria testar para ver como ia ficar. E deu certo, assim como o panetone salgado, que tem muitos pedidos”, acrescenta. Nesse sentido, a confeiteira salienta que tem outros produtos de erva-mate, entre eles o brigadeiro, ninho de abelha, pipoca e o bolo de pinhão com cobertura de brigadeiro de erva-mate, denominado ‘Ilex Venancioairensis’, que foi escolhido o ‘Doce Venâncio’ – concurso culinário que fez parte da programação dos 130 anos de Venâncio em 2021.
“As produções de erva-mate têm boa saída. Primeiro as pessoas ficam um pouco desconfiadas, mas depois que provam, gostam e acabam pedindo produtos do sabor”, diz. Sobre os doces, Niege destaca que todas as criações são autorais e garante que tem o sonho de ter a própria confeitaria no futuro.
Receita do panetone
Esponjinha
40 gramas de fermento de pão
100 gramas de farinha de trigo
175 gramas de água morna
Misture os ingredientes e deixe descansar de 30 a 40 minutos
Essências
1 colher de sopa de essência de panetone (se for panetone doce, pode colocar 2 colheres e meia)
2 colheres de sopa de essência de baunilha
25 gramas de mel (no panetone doce pode ser de 30 a 35 gramas)
Massa
900 gramas de farinha de trigo
150 gramas de açúcar
9 gemas
2 colheres de sopa de erva-mate peneirada (se optar por fazer com erva-mate)
1 colher e meia de sal
250 gramas de água gelada
200 gramas de manteiga – ponto de pomada (colocar por último)
Bater até ficar com a massa lisa e que demore para rasgar. Deixar descansar por 1 hora
Após, separar a massa em porções menores e fazer de acordo com o recheio que desejar. Em seguida, coloque nas formas de panetone e deixe crescer até dobrar o volume, cerca de 2 horas (panetones doces tendem a demorar um pouco mais para crescer).
Depois, leve ao forno na temperatura de 200 graus, por cerca de 40 a 45 minutos. Para a massa não ficar tão seca, Niege aconselha colocar uma forma com água para ficar umedecido.
Após assar, retire do forno e espere esfriar.
Dica da Niege
“O panetone é 100% artesanal, sem excesso de conservantes e aditivos químicos, é sempre mais saudável. Sobre a massa, precisa sovar para chegar no ponto véu. Para verificar se sua massa chegou neste ponto, deve-se esticá-la e deve ficar fina, e não pode se romper fácil. A massa no ‘ponto de véu’ garante qualidade final do panetone, pois é o ponto em que a rede de glúten está completa e formada”, aconselha.