Cada vez mais se observa o grande valor que se dá ao consumo ‘social’ de bebida alcoólica. Esta ‘normalidade’ chega a tal ponto que o jovem que não toma seus ‘traguinhos‘ nos finais de semana chega a ser marginalizado. Porém, precisamos nos dar conta de que a bebida alcoólica é a droga mais consumida pela nossa população, sendo também a que reúne o maior número de dependentes. Definir quem é tomador social de bebida alcoólica e quem já passou a ser um alcoólatra, por vezes é difícil, entretanto, há quem diga, que no momento que alguém passou a apresentar pelo menos três dos seguintes sintomas, já pode ser classificado como viciado em álcool: costume de começar a beber pela manhã, ter alucinações, tremores, apresentar um aumento da tolerância à bebida alcoólica, estar envolvido em constantes brigas familiares depois de beber, ter vergonha de si próprio e outros.
O limite que separa o tomador social do viciado é muito tênue. Uma taça de vermute de 100 ml, por exemplo, contém 1,5 unidades de álcool. Na opinião de alguns especialistas, tomar duas taças, isto é, 3 unidades alcoólicas, já torna a pessoa um forte candidato à dependência da bebida. Dentro deste critério, 8% dos homens em idade adulta ultrapassam esse limite, podendo, com isso, a ser considerados alcoólatras.
O alcoolismo é responsável por inúmeros problemas. Segundo dados da Associação Brasileira de Acidentes e Medicina de Tráfego, 50% dos acidentes com vítimas fatais são causados pelo álcool. Um outro dado interessante, fornecido pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, mostrou que 70% dos indivíduos que não usaram camisinha nas relações sexuais, alegam que estavam alcoolizados.
Quem toma uma bebida alcoólica para dormir melhor, na verdade irá se deparar com um efeito estimulante, desta forma, apesar da ação relaxante inicial, o sono acaba sendo prejudicado. Além disso, o seu consumo excessivo, em um momento inicial, compromete em muito os reflexos e mais tarde, mantido o consumo continuado, tende a matar células cerebrais, prejudicando a capacidade de memória, o raciocínio e a tomada de decisões. Um comprometimento gradativo pela dependência química do álcool, pode finalmente levar à demência.
Por outro lado, quem vai dirigir, jamais deveria consumir bebida alcoólica, pois, em caso de acidente de trânsito, sempre será considerado culpado.