Ele tem aparência de pepino, gosto de pepino e cheiro de pepino. Dá para fazer uma salada rápida ou em conserva. Como o pepino. Mas nesta matéria vamos falar do maxixe (com o nome da dança) que, para quem não conhece, pode confundir facilmente com o pepino. Assim como a hortaliça mais ‘famosa’, o maxixe faz parte da família Cucurbitaceae e do gênero Cucumis. É de origem africana, rasteira ou trepadeira anual e de clima quente. Tem casca verde, é ovalado e tem pequenos ‘espinhos moles’, além de sementes achatadas.
Em Venâncio Aires, conforme a Emater, não existe uma produção em escala e, do que se encontra pelo município, é cultivado apenas para consumo próprio. Recentemente, o alimento caiu no gosto de Eliana e Luciano Hinterholz, moradores do bairro União. “Sempre quando vejo algo diferente, procuro a semente para plantar. Plantei em 2021 e não veio. Plantei em dezembro de 2022 e agora está vindo, rasteiro. No formato e no gosto, lembra o pepino, que a gente gosta muito, mas o maxixe produz mais. Consigo colher de três em três dias”, relata Luciano.
O autônomo conta ainda que costumam consumir o maxixe de duas formas: cru, apenas temperado com sal e vinagre, ou feito em conserva, como picles. “Por ter uns ‘espinhos’ maiores, pode ser um pouco áspero na boca. Isso gera curiosidade quando vem alguém aqui em casa e oferecemos nas refeições.” O aspecto, aliás, também causa estranheza nos filhos de Luciano e Eliana. “O Miguel (11 anos) e o Ariel (5) acham engraçado, mas preferem não comer.”
Saiba mais
O maxixe é rico em zinco, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, vitaminas B1, B2, B3 e C. Contribui para fortalecer o sistema imunológico, previne osteoporose e anemia, tem poder antioxidante e até traz benefícios para a pele.
Ora-pro-nóbis
Além do maxixe, outro item não tão ‘comum’ para muita gente e que cresce no pátio da casa dos Hinterholz é o ora-pro-nóbis. Trata-se de uma planta trepadeira altamente nutritiva: tem alto teor de proteínas, fibras, vitaminas e minerais. A origem do nome vem do latim e significa ‘ore por nós’. Possui folhas verde-escuras e macias, que podem ser usadas no preparo de saladas e chás.
“A Eliana não come carne há muitos anos e, como essa planta tem muita proteína, acaba sendo um complemento alimentar importante. Aqui consumimos cru ou batemos no liquidificador e misturamos na massa do pão. Praticamente não tem gosto, nem cheiro.”, explica Luciano.
Variedade
A família gosta muito de consumir frutas, verduras e legumes de forma geral. Por isso, na casa se encontra uma variedade: chuchu, milho tipo pipoca, manga, laranja, ameixa, jabuticaba, caqui, araçá, limão, cana-de-açúcar, acerola, tomate, abacate, bergamota, maçã e maracujá.