O médico e jornalista, Ivan Seibel, recebeu no sábado,18, uma homenagem durante o Congresso Pomerano, na cidade de Anklam, no nordeste da Alemanha, perto da fronteira com a Polônia, que reúne descendentes pomeranos anualmente.
Em 2022, Ivan, descendente de pomeranos, participou do Congresso e foi palestrante. Neste ano recebeu uma homenagem, mesmo não estando presente. Seu trabalho de resgate cultural foi destacado. Ivan mantém há 10 anos a Folha Pomerana, um jornal eletrônico, onde conta histórias e atualidades dos pomeranos no Brasil, especialmente no Espírito Santo, de onde Ivan é natural (ele veio em 1961 para o RS), e na região de São Lourenço, no Rio Grande do Sul. Mas existem descendentes pomeranos espalhados por toda região de colonização alemã no país.
Minha vó materna, Hilda Rasch, era de origem pomerana, criada em Linha Marechal Floriano. Ela dominava uma arte que me encantava quando criança, nas visitas de férias, em Linha Sapé: trançar o vime e fazer balaios, de todos os tamanhos para uso na casa. Muito tempo depois fui descobrir que aquilo era arte da cultura pomerana trazida da Europa.
Da extinta Pomerânia, ao longo do mar Báltico, vieram imigrantes, a partir de 1824, quando alemães de todos as regiões do país começaram a vir para o Brasil e outros países da América. Nas guerras de 1919 e 1945 a Polônia, que perdeu território no oeste para a Rússia, avançou 400 km a leste tomando o território da antiga Prússia, origem da minha família paterna Klafke, e grande parte da Pomerânia, entre outros estados germânicos, cita Ivan.
Alemães
Pesquisando sobre os pomeranos, descobri outra curiosidade; os 20 sobrenomes alemães mais comuns no RS. Acho que em Venâncio tem todos. Schmidt, Becker, Wagner, Muller, Schneider, Weber, Klein, Scherer, Hoffmann, Rech, Schmitz, Kuhn, Mallmann, Diehl, Ritter, Bohn, Ruschel, Stein, Braun e Ludwig.