Produtores de tabaco de Venâncio Aires estão ‘perdendo o sono’ nos últimos dias, após visitas que receberam de auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Fora da época de colheita na região, fiscais estão visitando propriedades em busca de informações sobre a mão de obra contratada para atuar nas lavouras. Nas notificações são solicitados em torno de 20 documentos e/ou comprovantes.
A situação colocou em pauta, mais uma vez, a regulamentação do trabalho dos diaristas rurais. Há anos o setor debate sobre esse tema, mas ainda não foi aprovada uma legislação que ampare e crie a figura jurídica do diarista que trabalha no campo, como já se tem na cidade, no caso dos empregados domésticos, por exemplo.
O pequeno produtor argumenta que não tem como bancar todos os custos trabalhistas para uma contratação que é por dias de trabalho. Inclusive, já há relatos de produtores que devem reduzir ou até abandonar a produção se não tiverem um caminho que se enquadre à realidade dos agricultores familiares.
A situação coloca em xeque o futuro da fumicultura, que é a base econômica de toda a nossa região e precisa de atenção de todas as entidades e lideranças políticas que acompanham o setor.
Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores de Tabaco
A Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores da Cadeia Produtiva do Tabaco foi reinstalada ontem pela manhã, na Assembleia Legislativa. O grupo será presidido pelo deputado estadual Zé Nunes (PT). Ao todo, 24 deputados gaúchos subscreveram a proposta, entre eles, o deputado Airton Artus, ex-prefeito de Venâncio Aires.
De acordo com Nunes, a Frente pretende trabalhar no fortalecimento dos produtores, o que inclui a garantia da implementação da lei da classificação do tabaco na propriedade e preço justo na comercialização. Um dos objetivos também é a criação de Frentes Parlamentares Municipais.
A 10ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP10), evento global que discute medidas de controle do consumo de cigarros, também estará na pauta da frente. O evento internacional será realizado no Panamá, entre os dias 20 a 25 de novembro de 2023.
Um país de luto
A chacina registrada ontem, em uma escola de educação infantil de Blumenau, em Santa Catarina, deixou o país enlutado. Não tem como não se indignar com tamanha violência, crueldade e covardia. Um ato de ódio que culminou com a morte de quatro crianças e feriu outras cinco.
Os casos recentes de atentados em escolas do país virou o assunto das rodas de conversa de escolas e famílias. Mais do que isso, acendeu um alerta para a segurança dos educandários públicos e privados de todos os municípios. Em poucas horas, grupos de pais de alunos, professores, diretores e também autoridades governamentais começaram a tratar sobre o assunto e discutir medidas que ampliem a segurança das escolas. O Governo Federal também anunciou, ontem à tarde, a criação de um grupo de trabalho para tratar sobre o tema e o Ministério da Justiça vai lançar um edital para liberar R$ 150 milhões aos estados com a finalidade de reforçar o patrulhamento em escolas e creches.
Precisamos falar sobre isso, precisamos refletir sobre isso, precisamos agir sobre isso.
Peixe fresco
As tradicionais feiras de peixe movimentam diversos pontos de Venâncio Aires nesta semana. Duas entidades realizam comercialização de peixes até essa Sexta-feira Santa: a Associação de Piscicultores de Venâncio Aires (Apiva) e a Cooperativa dos Produtores de Venâncio Aires (Cooprova).
A Cooprova faz as vendas no ponto tradicional das feiras, nos fundos da Prefeitura. Uma das novidades ofertadas pela cooperativa neste ano são os filés de tilápia congelados.
Apesar da seca que prejudicou o trabalho dos piscicultores, os agricultores associados à Apiva também marcam presença nas feiras com peixes vivos e frescos para o consumo. Um deles é Jair de Oliveira (foto abaixo), de Linha Canto do Cedro. Ele é criador de peixes há duas décadas e há 11 anos comercializa peixes em feiras de Venâncio. São três pontos na área urbana: o Bar do Porquinho (rua 7 de Setembro); a sorveteria Maigui Bom, no bairro Battisti; e o mercado Franken, no bairro Santa Tecla.
