O prefeito Jarbas da Rosa (PDT) diz ter convicção de que, com a busca ativa por cidadãos não recenseados, vai comprovar que Venâncio Aires tem, pelo menos, 71.317 habitantes. Se isso se confirmar, a Capital Nacional do Chimarrão conseguiria se manter com índice de 2,6 no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A meta é perseguida com prioridade total, pois se o número não for alcançado, a Prefeitura pode ter R$ 4,5 milhões a menos em relação ao FPM até o fim deste ano. É dinheiro que, se não bater nos cofres públicos, vai fazer muita falta.
Segundo prévia do Censo Demográfico 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Venâncio Aires tem 68.444 habitantes, o que acarretaria na redução do índice para 2,4. Nas últimas semanas, o Executivo encontrou mais de 2 mil pessoas que afirmam não terem sido recenseadas e, agora, procura por mais 873, para que o mínimo seja atingido. Conforme Jarbas, Encruzilhada do Sul é um dos exemplos de municípios que conseguiram reverter a situação. Por isso, o prefeito pede a ajuda de todos: “Quem souber de alguém que não foi visitado ou não respondeu ao questionário, diga para procurar a nossa equipe na Prefeitura”.
Passagem de Artus pela Câmara
A passagem de Airton Artus (PDT) pela Câmara de Vereadores, na sessão de segunda-feira, 8, como era de se esperar, rendeu algumas situações inusitadas. Logo que foi anunciado pelo presidente da Casa, Gerson Ruppenthal (PDT), para ocupar a tribuna, o deputado estadual teve que ouvir um dos espectadores gritar que ele era “suplente”, em clara intenção de tentar diminuir a representatividade do ex-prefeito de Venâncio Aires. Nos bastidores, os burburinhos davam conta de que a pessoa que se manifestou na plateia – o que não é permitido pelo Regimento Interno – não teria sequer moral para fazer aquilo, pois já havia até sido presa.
Depois, enquanto falava, Artus acabou saindo do tema inicialmente proposto – o seu projeto de incentivo aos hospitais filantrópicos e santas casas -, e o vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), pediu que o “nobre suplente de deputado” tratasse do que havia sido combinado. O presidente da Mesa Diretora da Casa do Povo interviu, permitiu que o parlamentar abordasse outro assunto e sugeriu que Muchila aproveitasse para tirar as suas dúvidas, “pois cita o nome do deputado em quase todas as sessões”. Ao retomar o raciocínio, Artus, dirigindo-se ao socialista, notadamente de maneira irônica, indagou: “Posso, vereador?”
Pouco depois, Muchila deixou o Plenário Vicente Schuck. Esta foi a primeira vez que ele não acompanhou uma sessão completa desde o início da atual legislatura. Ezequiel Stahl (eleito pelo PTB) também foi embora, mas justificou que estava acometido por fortes sintomas gripais. Antes de deixar a tribuna, Artus agradeceu a receptividade e disse que pode voltar ao Legislativo sempre que os parlamentares julgarem necessário. Os vereadores Ana Cláudia do Amaral Teixeira e Gerson Ruppenthal, ambos do PDT, elogiaram a postura da oposição – com exceção de Muchila -, que, segundo eles, foi respeitosa e aproveitou a visita do deputado.
Rapidinhas
“Uns 80% dos motoristas de Venâncio Aires não podiam ter as suas habilitações. Deveriam ser cassadas, pois em lugar nenhum do mundo o trânsito é tão ruim quanto aqui”. O desabafo foi feito pelo vereador Ezequiel Stahl (eleito pelo PTB), durante a sessão da Câmara de segunda-feira, 8. Muita gente balançou a cabeça concordando com a manifestação.
É hoje, às 19h, no Clube de Leituras, a sessão solene da Câmara de Vereadores em homenagem aos 132 anos da Capital do Chimarrão. Na oportunidade, serão entregues títulos de Cidadão de Venâncio Aires e haverá apresentações artísticas. Os agraciados são Lucas Lorenzon, Moacir Marasca, Álvaro José Bernardi, Neuri José Schneid, Clóvis Antônio Schwertner, Moacyr da Rosa Terres, José Alcampes Winck, Maristela Josefina Cetolin, Cláudio José Dietrich, Nelceu José Wollmann, Marco Antônio Silva, Luiz Paulo Artus, Adilson Jair Bellan, Udo Pierret, Rodrigo Machado Mello e Ana Amélia Maciel. Uma torta de 200 fatias foi encomendada.
“Não é um projeto do vereador Benildo Soares, mas da população venâncio-airense. Por isso, não vou desistir por causa de meia dúzia de empresários que são contra o feriado do dia 11 de maio, aniversário do município”. A afirmação é do autor da proposta, baixada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).