Quase quatro quilômetros já foram desassoreados em sangas de Venâncio

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Iniciado em fevereiro, o trabalho de desassoreamento de sangas e galerias no perímetro urbano de Venâncio Aires já abrangeu quase quatro quilômetros de percursos fluviais. No início do ano, a ação começou com uma tentativa para melhorar a vazão da água em dias de chuva torrencial e que, costumeiramente, causa alagamentos e enxurradas na região central da cidade. Um dos primeiros lugares foi na ‘boca’ da sanga do Arrozal, próximo ao loteamento Artus, no bairro Morsch. Desde então, uma escavadeira hidráulica da Prefeitura tem sido remanejada para diversos pontos. Atualmente, o trabalho está concentrado na região que ficou conhecida como ‘cemitério de árvores’, às margens da RSC-453, em direção a Mato Leitão. Os últimos dias não foram totalmente ‘aproveitáveis’ porque, com a chuva intensa do início de maio, a área ficou bastante alagada, o que dificulta a entrada do maquinário.

Sanga sem denominação, que vai do bairro Morsch para o ‘cemitério de árvores’ (Foto: Divulgação/Patrulha Agrícola)

O desassoreamento está sob a responsabilidade da Patrulha Agrícola, atrelada à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp). Segundo o coordenador da equipe, Rodrigo Garin, além da dificuldade com o terreno, sempre há necessidade de manutenção das máquinas. Ainda assim, vários pontos da cidade já foram percorridos “No bairro Morsch, desassoreamos uma sanga sem denominação nos fundos da Paresp, que deságua na sanga do Arrozal. Também uma vala no final da rua Berlim da Cruz, entroncamento com a rua Pedro Grünhauser. Às margens da RSC-453, desassoreamos a vala defronte ao Posto 7, que deságua na sanga da Divisa, e que foi totalmente desassoreada e interligada na Galeria 1, ao lado esquerdo do asfalto no sentido Venâncio-Lajeado.” Conforme Garin, ainda falta um pequeno trecho a ser executado na sanga da Divisa, que fica no loteamento Benoni. “No momento estamos dentro do ‘cemitério de árvores’, às margens da 453. A chuvarada inundou toda aquela área, mas, assim que baixar a água, retomaremos os trabalhos.” Além disso, já houve a limpeza de sangas nos bairros Battisti, Santa Tecla e Diettrich.

Traçado em vermelho mostra pontos já percorridos pela Prefeitura, nas partes leste e norte. Também já houve limpeza em sangas nos lados Oeste e norte da cidade, nos bairros Santa Tecla e Diettrich (Foto: Reprodução/Patrulha Agrícola)
Sanga do Cambará, logo após a ponte sobre a rua Pedro Grünhauser, no bairro União (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

Atenção especial na sanga do Cambará

Entre todas as sangas que cortam o perímetro urbano de Venâncio Aires, a mais ‘famosa’ é a do Cambará, que tem três quilômetros. Ela começa na região da Escola Estadual de Ensino Médio Wolfram Metzler, no bairro Bela Vista, percorrendo, na maior parte, as ruas Armando Ruschel, Emílio Michel e Silveira Martins. Está fechada até a rua Sete de Setembro e, partir deste ponto, segue aberta também nas quadras das ruas Antônio Carlos, Getúlio Vargas e Pedro Grünhauser, no bairro União. Segundo o coordenador da Patrulha Agrícola, Rodrigo Garin, o prefeito Jarbas da Rosa pediu ‘atenção especial’ e, na passada, já foram iniciados os trabalhos de reconhecimento dos pontos de desassoreamento. “Caminhamos ao longo do leito, do bairro União, atrás do campo do Onze Unidos, até onde ela desemboca, no arroio Castelhano. Faltou entrar em alguns pontos, pois ainda estava bastante molhado em função da chuva. Procuramos caminhos para conseguir acessar com a máquina.”

A sanga da Mangueira, que tem uma extensão aproximada de 2,19 quilômetros canalizados, também foi revisada. Conforme a Sisp, a galeria, que passa sob os canteiros da avenida Ruperti Filho, não tem maiores problemas e, dentro, está completamente desobstruída.

“A primeira parte do que programamos foi feito. Conseguimos fazer tudo antes que começasse o período de chuvas. Depois será tudo revisado. Não digo que conseguiremos terminar, mas com esse trabalho vamos diminuir bastante o problema dos alagamentos na cidade.”

SID FERREIRA – Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos

Castelhano

Quanto ao arroio Castelhano, no momento, já há uma licença para desassorear uma valeta às margens da RSC-453, desde a primeira galeria até próximo do arroio. Conforme a Patrulha Agrícola, em 2021, foram desassoreados 3,9 mil metros do Castelhano, desde o bairro Battisti até próximo da ponte do Passo da Cananeia.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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