A partir do projeto municipal Verde é Vida, duas décadas atrás, alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Mariante (à época Colégio Estadual Coronel Brito), junto com moradores do 2º Distrito de Venâncio Aires, se reuniram para plantar árvores às margens do rio Taquari – que corta a localidade.
Em setembro de 2002, ocorreu o plantio de 150 mudas, principalmente de tipuanas, no acesso à Linha Chafariz. O projeto foi coordenado pela funcionária da escola, Estela Maris de Freitas, de 56 anos, e a professora aposentada de Ciências Biológicas, Anita Fischer, 61 anos. A doação das mudas foi feita pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e também houve palestras em sala de aula, na Semana do Meio Ambiente.
Após as parcerias com a Afubra e a Secretaria de Desenvolvimento Rural, o projeto foi posto em prática, unindo professores, funcionários da escola, alunos e pais. A professora Anita relembra que o apoio foi imenso e houve a manutenção dos cuidados por cerca de três anos. “Eu desenvolvia esses projetos em sala de aula, sempre tinha os alunos que gostavam muito, enquanto outros não curtiam a ideia de pegar uma pá e ajudar”, relembra a aposentada, que lecionou por 25 anos em Vila Mariante.
Projeto
Segundo Estela, o desafio era arborizar o acesso, onde também havia a presença de animais silvestres. “Conversei com a professora Anita e a ideia foi bem-aceita no ambiente escolar e na comunidade”, frisa.
Ela lembra que o que motivou a ação foi evitar o assoreamento das margens do rio Taquari. Pois, segundo ela, eram poucas árvores no entorno e, com as enchentes, era nítida a falta de arborização. “Depois, expandimos o projeto para outros trechos da ERS-130, não apenas no acesso à Linha Chafariz”, relata a servidora pública, que é uma voluntária pela preservação do meio ambiente.
Atualmente, as árvores chamam a atenção de quem passa pelo ponto. Formando uma espécie de ‘túnel verde’, o ambiente ganhou mais vida ao longo dos anos, com árvores altas e abundantes. Anita destaca a evolução das plantas que, agora, dão sombra ao local. “Aquelas árvores seguem dando sombra e proteção ao microambiente na entrada da Linha Chafariz”, complementa Estela.
“É preciso plantar consciência sobre a importância de preservar e criar formas para a natureza se recompor. É obrigação dos órgãos responsáveis e nossa zelar pelo ambiente. O mundo pode ter muita cor verde, basta a gente pintar.”
ANITA FISCHER
Professora aposentada