Os delegados Paulo César Schirrmann e Vinícius Lourenço de Assunção concluíram e encaminharam ao Poder Judiciário, nesta sexta-feira, um inquérito policial que apura a autoria e motivação duas mortes. A indiciada é uma mulher de 62 anos, que se diz cuidadora e enfermeira. Mas para os agentes, ela pode ser autora de outras duas mortes, todas usando o mesmo ‘modus operandi’: uma superdose de medicamentos.
O caso é conhecido entre os policiais como o ‘inquérito da Víuva Negra’. Ele veio à tona no dia 27 de abril de 2021, quando uma moradora do interior de Mato Leitão, veio a Venâncio Aires e desapareceu. O corpo desta mulher, que tinha 51 anos na época, foi localizado três dias depois, boiando nas águas do arroio Castelhano, no Corredor dos Macacos, em Linha Olavo Bilac.
O laudo de necropsia mostrou que antes de morrer, ela ingeriu o medicamento Diazepam que, em altas doses, pode levar uma pessoa à morte.
As investigações mostraram que no dia em que sumiu, a moradora de Mato Leitão veio a Venâncio conversar com a mulher de 62 anos. Ouvida, ela confirmou o encontro, mas disse que logo depois a amiga foi embora, o que contraria os depoimentos de testemunhas.
As investigações avançaram e os policiais encontraram indícios de envolvimento da mulher de 62 anos na morte do ex-companheiro, que aconteceu em 2018, em Mato Leitão. Na época, o caso foi registrado como suicídio por envenenamento, mas os agentes acreditam que foi a Viúva Negra que deu o veneno para o ex-companheiro, que tinha 47 anos na época.
O laudo de necropsia mostrou que além do pesticida Furadam, ele ingeriu doses de Diazepam.
A moradora do Beco do Laçaço foi indiciada pelos dois homicídios, mas os policiais acreditam que ela possa estar envolvida em mais duas mortes. Se recebida a denúncia, o caso da Viúva Negra vai a júri popular.