Com o passar dos últimos anos tenho observado com cada vez mais frequência que as pessoas querem “tomar remédios”. Há remédio para isto e remédio para aquilo. É algo impressionante. Tem gente tomando seis, oito, dez ou mais coisas, muitas vezes nem sequer saber para que. Parece uma procura ensandecida por um bem estar ou quem sabe até para se anestesiar contra os problemas do dia a dia. Entre os campeões de venda, as chamadas pílula da alegria, ou seja, os medicamentos antidepressivos continuam sendo os mais pedidos pelas pessoas e também prescritos pelos médicos.
Precisamos relembrar uma coisa importante: a vida não deixa de ser complicada, com isto todos concordam. Vivemos em um mundo cada vez mais competitivo e cruel em que somente os vencedores sobrevivem BEM. Para podermos ser vencedores geralmente precisamos do auxilio de outras pessoas. Em primeiro lugar, da família, de professores e até de orientadores que possam dar uma boa dica. Enfim, temos que aprender a vencer as adversidades da nossa caminhada.
Há algumas coisas que jamais podemos fazer. Ou melhor, jamais podemos deixar de fazer alguma coisa. Em outras palavras: “cabeça desocupada, oficina do diabo”. Precisamos nos manter ocupados. E muito. Entretanto, não podemos encher o estômago de remédios, visando anestesiar nossa mente. Precisamos fazer algo que nos tire deste eufemismo. Precisamos sair da concha. Precisamos ir à luta pela vida melhor. Para isto a prática de esportes é uma excelente ajuda.
Há uma grande variedade de esportes e muitas estão acessíveis a qualquer pessoa. A prática desportiva traz ótimos resultados, pois nos coloca em contato com outras pessoas e traz bons estímulos físicos e psicológicos. Neste aspecto também é uma excelente alternativa para o combate à depressão. Evidentemente nem todas as modalidades esportivas são adequadas para todas as pessoas. Assim, por exemplo, a atividade aeróbica exige um adequado acompanhamento cardiológico. Pois, para ser eficaz precisa que o pulmão e coração cheguem no mínimo aos 60% da frequência cardíaca máxima de esforço (FCM=220 menos a idade em anos).
Há também outros exercícios que facilmente podem ser executados por qualquer pessoa e que vão desde a simples caminhada, natação, andar de bicicleta, academia, vôlei, futebol e outros mais. O mais importante será escolhermos uma atividade física que nos seja prazerosa. Não podemos ter a sensação de sacrifício. Precisamos praticar exercícios que possam ser executados dentro de uma faixa agradável para ocorrer a liberação de endorfinas, os neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e de bem estar. Somente desta forma, gostando do que fazemos, podemos beneficiar nosso corpo e nossa mente. Quem sabe, desta forma podemos nos sentir mais felizes, sem recorrer a toda aquela gama de remédios desnecessários.
Vamos tentar?