Os programas prioritários da Aegea nos 100 primeiros dias de operação

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Nos 100 primeiros dias de operação, a Aegea, nova controladora da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), pretende executar um programa de ações dividido em três eixos de atuação. Uma das pontas prevê a entrega de 300 intervenções, que contemplarão os 317 municípios gaúchos atendidos pela Companhia.

Além disso, a empresa se comprometeu em, nesse período, ativar o Plano Litoral, com o objetivo de implantar um novo sistema de tratamento e dispersão de esgoto no Litoral Norte, e ainda dar os primeiros passos do Plano de Resiliência Hídrica. Nesse último caso, o foco será as ações de combate à falta d’água e o fim do uso estrutural de caminhão-pipa.

Os detalhes sobre essas ações foram apresentados durante coletiva de imprensa realizada pela Aegea e pela Corsan na manhã desta terça-feira, 11, em Porto Alegre. O investimento destinado pela empresa para o funcionamento e para a qualificação da infraestrutura de abastecimento de água e expansão do sistema de esgotamento sanitário será de R$ 1,5 bilhão ao ano, o que totaliza R$ 15 bilhões até 2033, prazo estabelecido por lei federal de julho de 2020 para a universalização dos serviços de saneamento no Brasil.

Apesar do aporte financeiro que será necessário para realizar as intervenções, o vice-presidente de Operações das Regiões Sul e Sudeste da Aegea, Leandro Marin, ressaltou que não há motivos para aumentar as tarifas praticadas atualmente. “A tarifa da Corsan é suficiente para fazer frente aos investimentos. Vamos começar essa discussão com as agências de regulação que dão a palavra final”, destacou.

Modernização

Tendo como exemplo o município de Cruz Alta, que no último fim de semana enfrentou problemas graves com a falta de água – mais de 50 bairros registraram desabastecimento superior a 48 horas -, a Aegea garantiu que será feita a modernização dos serviços, porque essa é uma necessidade permanente nas atividades relacionadas ao saneamento.

“Vamos ter uma etapa para diagnosticar onde estão esses equipamentos que precisam ser substituídos. Em Cruz Alta, tivemos um problema operacional que, obviamente, já virou prioridade e vamos imediatamente buscar resolver”, salientou Marin. A presidente da Corsan, Samanta Takimi, observou que no último fim de semana, as equipes da Aegea e da Companhia se deslocaram para o município da Região Noroeste para buscar soluções.

Nesse sentido, o diretor de Operações da Aegea, José João de Jesus Fonseca, relatou que o planejamento da empresa é no prazo de 18 meses ter o sistema da Corsan praticamente automatizado no que diz respeito ao sistema de água, envolvendo todas as etapas do abastecimento. “Nós saberemos da falta de água antes do consumidor ligar para nós. O que estamos colocando aqui é o que nós conhecemos de mais avançado no mundo”, projetou.

De acordo com ele, esse sistema funcionará 24 horas por dia e todas as cidades atendidas pela Companhia serão contempladas. “Isso vai trazer uma segurança operacional muito importante para o Rio Grande do Sul. Não tenham dúvida de que a prestação de serviço vai ser muito melhor do que o que está sendo feita hoje. Vai mudar o conceito do sistema de abastecimento de água e esgoto da Corsan”, assegurou.

Foto: Coletiva Aegea e Corsan

Crédito: Taís Fortes

Legenda: Diretor de Relações Institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen, vice-presidente de Operações das Regiões Sul e Sudeste da Aegea, Leandro Marin, presidente da Corsan, Samanta Takimi, e o diretor de Operações da Aegea, José João de Jesus Fonseca durante a coletiva de imprensa

“Os 100 dias são para intervenções de impacto relevante em todos os municípios. Obviamente não são obras estruturantes, são pequenos problemas do dia a dia, que com uma intervenção média para pequena, resolvemos. A ideia é que em todos os municípios haja intervenções dessa natureza.”

LEANDRO MARIN – Vice-presidente de Operações das Regiões Sul e Sudeste da Aegea

Contratos com as Prefeituras

• Segundo o diretor de Relações Institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen, a partir da compra e da transferência das ações da Corsan, também acontece a transferência dos 317 contratos existentes entre a Corsan e os Municípios. Por isso, ele ressaltou que a obrigação de vínculo entre os Municípios e a Corsan continua válida.

• “O que precisa ser feito, e nós já estamos em contato com os prefeitos, é a adequação desses novos contratos do modelo de convênio para concessão, onde vai ser inserido, a pedidos dos Municípios, a obrigação de investimento necessário da Companhia em cada cidade para gerar obras que possibilitem chegar em 2033 e ter a universalização do saneamento”, explicou Dallazen, ao mencionar que os prefeitos precisam levar essas demandas à empresa.

• Em relação às obras que a Corsan já iniciou nos municípios atendidos pela Companhia, a Aegea garantiu que esses trabalhos serão concluídos. A empresa também trabalha no diagnóstico para revisar as frentes de trabalho que ainda não foram contratadas, para que elas sejam organizadas dentro do plano de ações.

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