Um levantamento feito na sede da 3ª Companhia da Brigada Militar revela que houve queda de todos os índices criminais graves registrados em Venâncio Aires nos últimos cinco anos. Para se ter uma noção, em 2018 foram registrados 31 crimes contra a vida, tentados e consumados, contra apenas seis nos primeiros sete meses deste ano. Os roubos a estabelecimentos comercial, a pedestre, a residência e a veículos, além dos furtos de veículos e abigeatos, também apresentaram queda, apesar da histórica defasagem no efetivo policial.
Para a capitão Michele da Silva Vargas, os números refletem o trabalho diário e incansável da Brigada Militar, que atua desde a prevenção com a Patrulha Escolar, (programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), Patrulha Rural e policiamento ostensivo na nossa extensa área rural e urbana. Sem falar no trabalho repressivo, com inúmeras apreensões e prisões no município.
A oficial ressalta que a BM depende das informações da população para que esse trabalho surta o resultado positivo que hoje está sendo mostrado. “Os cidadãos precisam denunciar situações estranhas à sua comunidade, para que possam ser adotadas medidas preventivas”, pede. Como exemplo, a comandante da 3ª Cia cita pessoas e veículos estranhos circulando pela sua rua, comunidade ou localidade.
Afora o trabalho preventivo da BM, a queda nestes índices de crimes graves tem a ver com o aumento dos casos de furtos (de fios de cobre e peças metálicas, principalmente), e estelionatos. Este crime tem penas bem menores que um assalto, por exemplo, e é praticado à distância, a maioria das vezes através das redes sociais. Isso que segundo acredita o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, a maioria das vítimas de golpes não procura a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para registrar o fato.
Números
O levantamento mostra que os homicídios tentados e consumados caíram de 31 em 2018, para seis até ontem à noite. Destes casos, 18 pessoas acabaram morrendo. Em 2019 foram 11 casos (dez mortes), contra 15 registros em 2020 (e 12 mortes), nove casos em 2021 (com sete mortes) e 11 casos em 2022, sendo que sete resultaram em morte. Este ano são seis homicídios registrados até o momento, sendo quatro consumados e dois tentados.
Referente ao roubos a estabelecimentos comerciais, foram registrados 40 em 2018, contra 26 em 2019, 22 em 2020, 30 em 2021 e 24 em 2022. Este ano, segundo os dados da BM, foram praticados dez roubos a estabelecimentos comerciais.
Referente aos roubos a pedestres, foram 31 casos em 2018, 49 em 2019, 42 em 2020, 34 em 2021, 28 em 2022 e 17 este ano.
Os roubos a residência não mostram tanta disparidade, mas seguem a tendência de queda. Foram 18 em 2018, oito no ano seguinte, dez em 2020, 17 em 2021 e novamente dez em 2022, contra sete este ano.
Sobre o roubo de veículos foram 17 casos em 2018, 30 em 2019, dez em 2020, 12 em 2021, oito no ano passado e um casos este ano.
Os furtos de veículos registraram 61 casos em 2018, contra 59 em 2019, 23 em 2020, subindo para 34 em 2021 e para 42 em 2022. Este ano foram 27 casos até ontem.
Os abigeatos apresentam grande queda, com 32 registros em 2018,16 em 2019, 27 em 2020, repetindo este número em 2021, caindo para 19 em 2022 e sete casos este ano.
Especificamente sobre os furtos, a capitão Michele informa que nos primeiros sete meses do ano passado foram 430 registros, contra 381 deste ano.
“Nosso país tem uma divisão de tarefas para as polícias e a Brigada atua antes do cometimento do delito (prevenindo) até o momento ou logo após (flagrante). Portanto, temos como foco não deixar que o crime ocorra e isso vem dando resultados.”
MICHELE DA SILVA VARGAS
Cap., comandante da 3ª Cia