Nos últimos dias, a segurança pública tem sido o assunto mais comentado em Venâncio Aires. Isso porque o município enfrenta uma onda de furtos – com mais ocorrências em determinadas regiões, como os bairros Aviação, Santa Tecla, Diettrich e São Francisco Xavier – que tem tirado a comunidade do sério.
Não passa um dia sequer sem que tenhamos registros de prejuízos por conta das investidas dos ladrões. Os autores, na esmagadora maioria das vezes – se não na totalidade, isso dito pelas autoridades policiais -, são viciados em drogas, principalmente no crack, e reincidem o tempo todo para poderem manter o vício. Não é novidade para ninguém que temos algumas pessoas que perambulam pelas ruas da cidade em condições precárias de saúde, higiene e alimentação. É fácil perceber por aí um dependente.
Pensando em buscar uma solução para o problema, foi realizada na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, na noite de quarta-feira, 9, uma audiência pública que reuniu autoridades policiais, políticas e comunidade. A reivindicação do encontro partiu do vereador suplente Alexandre Fernandes (PSD) e foi proposta oficialmente pela vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), uma vez que Fernandes não ocupa assento no Poder Legislativo neste momento.
Entre as manifestações, destaque para a retomada do debate sobre a implementação da Guarda Municipal e renovação da necessidade de reforço no efetivo da Brigada Militar. Além disso, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) reiterou que está encaminhando para a Câmara um projeto de lei que prevê mais rigidez em relação aos empreendimentos que trabalham com materiais recicláveis, pois em alguns destes pontos, segundo as autoridades, há receptação de objetos furtados.
A sociedade está se mobilizando por conta de suas mazelas e isso é muito importante. Ainda mais pelo fato de que, nos últimos dois meses, pelo menos três vídeos de suspeitos de furtos sendo surrados já circularam pelas redes sociais. O mais recente deles entrou ontem nos grupos de WhatsApp.
As pessoas estão cansadas de verem o seu suor não ter mais valor, mas também não podemos deixar que a situação chegue ao ponto de fazer justiça com as próprias mãos. E, nessa esteira, também pesa o fato de que muitos dos autores dos crimes não ficam mais do que meia hora na DP e acabam soltos. O desafio, agora, é engajar toda a comunidade em ações que possam mudar este cenário.