O que pode e não pode na avenida Ruperti Filho

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Um dos assuntos mais comentados na última semana em Venâncio Aires foi a nova pintura, sinalização e implementação de ciclovia na avenida Ruperti Filho, uma das principais vias da Capital Nacional do Chimarrão. Ao mesmo tempo em que a mudança recebeu elogios, também gerou dúvidas por parte dos moradores das proximidades, motoristas e pedestres que circulam pelo local.

A obra contemplou as quadras entre as ruas Armando Ruschel e General Osório e, além da pavimentação, recebeu ciclovia, pintura e sinalização adaptada. Com isso, já é notório o aumento do fluxo na via. O Departamento de Trânsito intensifica ações de monitoramento e já realizou uma mudança, com a instalação da rótula no cruzamento com a Armando Ruschel, para garantir segurança e fluidez.

O coordenador do Departamento de Trânsito, Luciano Teixeira, participou do programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra 105.1, na quinta-feira, 21, e tirou dúvidas dos moradores em relação às mudanças. Ele enfatizou que a obra ainda não está finalizada e a inauguração está programada para 1º de outubro, com diversas atrações.

Tira-dúvidas

Ciclovia

• A nova pintura em vermelho destacou o trecho destinado aos ciclistas na avenida Ruperti Filho. Teixeira destacou que a ciclovia é exclusiva para bicicletas e está proibido o tráfego de pedestres, seja para corridas, caminhadas ou passeios. O Departamento de Trânsito realiza fiscalizações diárias no trecho e, caso perceba o descumprimento da regra, multará o infrator. Além disso, também é proibido estacionar veículos entre os canteiros, na ciclofaixa. “Já era proibido antes e precisamos ressaltar novamente que segue a proibição”, disse.

Preferência

• De acordo com Teixeira, a preferência em qualquer cruzamento será sempre dos ciclistas. Caso queira fazer a conversão para a esquerda (em qualquer sentido), será necessário aguardar o ciclista para poder ingressar na via. Com as mudanças, a pista ficou limitada ao espaço de um veículo e, por isso, quem estiver atrás também precisará aguardar para seguir o fluxo. Essa mudança também é válida para motociclistas, que estão proibidos de trafegar na ciclovia ou no estacionamento, sob pena de serem autuados pelo Departamento de Trânsito em caso de flagrante.

Conversões

• Ainda que proibido, era comum para moradores da avenida realizar a conversão de uma pista para outra entre os canteiros. Teixeira afirmou que antes já não poderia ser feita tal manobra e que, agora, se torna ainda mais perigoso. “O retorno e as conversões entre os canteiros são proibidas, somente nas esquinas é possível”, informou.

Velocidade

• O limite permitido na via é de 40 quilômetros por hora, mesmo com a pavimentação. E, agora, todas as esquinas contam com faixas de pedestres, que obrigam os motoristas a redobrarem a atenção. O coordenador do Departamento de Trânsito lembrou que, após a entrega, a via passará por um período de análise e, caso seja necessário, poderá receber faixas elevadas (para redução de velocidade e faixa de pedestres) ou até controladores de velocidade.

Futuro

• Ele ainda disse que não é cogitada a mão única ou outras alterações no momento. O Departamento de Trânsito acompanha frequentemente a obra e já cobra as irregularidades por parte de motoristas e pedestres. Contudo, também realiza um trabalho de conscientização, para explicar as mudanças com relação à ciclovia, principalmente. “Mas algumas questões são imprescindíveis, pois já eram proibidas antes e não podem ser repetidas”, alertou.

“A população precisa nos ajudar na fluidez do trânsito. Pedimos cautela, pois cada esquina tem faixa de pedestre e o pessoal atravessa com maior frequência. Se cada um fizer o seu dever, não precisa de pardal ou faixas elevadas.”

LUCIANO TEIXEIRA

Coordenador do Departamento de Trânsito

Saiba mais

• A obra da avenida Ruperti Filho, no trecho entre as ruas Armando Ruschel e General Osório, iniciou em abril de 2023. Os 1.350 metros estão sendo executados pela empresa Avantte Engenharia. O valor total é de R$ 2.324.274,86 para pavimentação e construção da ciclovia, que tem 20.634,22 metros quadrados de área.

Problemas nos semáforos

Durante a semana, quem transitou pelo cruzamento entre as ruas General Osório e Júlio de Castilhos percebeu que o semáforo instalado na esquina estava desativado por problemas técnicos. Em 2023, esta sinaleira ficou desligada nos dias 10 e 11 de agosto pelo mesmo defeito. Segundo o coordenador do Departamento de Trânsito, Luciano Teixeira, a Prefeitura tem contrato de manutenção com uma empresa, mas cada semáforo foi instalado por uma empresa diferente e, por isso, pode ocorrer o atraso para obtenção de peças para reparos.

Ele afirmou que, no cruzamento da General Osório com a Júlio de Castilhos, foi necessária a troca de todo o cabeamento, que precisa de boas condições climáticas para ser realizado e, por isso, foi trocado apenas na quinta-feira, 21. Teixeira reiterou que a principal dificuldade é a ‘idade’ dos equipamentos, o que ocasiona problemas eletrônicos com maior frequência. “Estamos fazendo um trabalho com a empresa que realiza a manutenção para encontrar soluções e não termos esses problemas futuramente”, explicou.

Cronologia em 2023

• Entre os dias 7 e 19 de julho, a sinaleira no trevo de acesso ao bairro Coronel Brito, na RSC-453, ficou desativada após a colisão de um caminhão contra o poste que suporta o equipamento.

• Nos dias 10 e 11 de agosto, os semáforos entre as ruas General Osório e Júlio de Castilhos e entre Voluntários da Pátria e Brígida Fagundes estavam desligados por problemas técnicos.

• Do dia 14 e até esta sexta-feira, 22, a sinaleira entre as ruas General Osório e Júlio de Castilhos voltou a ter problemas e necessitou de um reparo mais profundo, com a troca dos cabos.



Leonardo Pereira

Leonardo Pereira

Natural de Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, jornalista formado na Universidade de Santa Cruz do Sul e repórter do jornal Folha do Mate desde 2022.

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