“Eu preciso ter o jornal todo dia. Estou sempre lendo”, resume Astor Adolfo Weschenfelder, 83 anos, com a Folha do Mate em mãos. Morador de Linha Rincão de Souza, interior de Venâncio Aires, ele é assinante desde 2004 e, há 19 anos, tem no jornal sua principal fonte de leitura e informação. Ele conta que o gosto pela leitura começou na infância e, embora tenha estudado apenas até o 3º ano do primário, não esquece de duas professoras, grandes incentivadoras nas primeiras letras: Nina da Veiga, em Rincão de Souza, e Adelina Isabela Konzen, na Estância (a mesma dá nome à escola estadual de Vila Estância Nova).
Weschenfelder não segue um roteiro de leitura, mas garante que lê a Folha do início ao fim, em qualquer dia, em qualquer hora. Interessado nos assuntos que envolvem os políticos do município, gosta das colunas do diretor de Conteúdo, Sérgio Klafke, e do editor assistente da Folha, Carlos Dickow. O aposentado também menciona as reportagens maiores e cita a cobertura que o jornal fez sobre a enchente do rio Taquari, no início de setembro. “Tem uns assuntos ‘brabos’ e tristes, mas tem que falar deles.” Com mais de 80 anos, Weschenfelder diz que a saúde vai bem, de forma geral, e toma remédio apenas para controlar a pressão arterial e o colesterol. Para a memória, faz um exercício: “Leio o jornal. É muito bom.”
Ler sobre si
Nesta quinta-feira, 5, Astor Adolfo Weschenfelder virou case da Folha do Mate. Mas, segundo ele, não é a primeira vez que isso acontece. O aposentado plantou tabaco a vida toda (cultura já mantida pelos pais) e, há mais de 40 anos, foi entrevistado para uma matéria sobre agricultura.
Na época, ele vendia a produção para a Liggett & Myers, a LM do Brasil, que funcionava no mesmo prédio onde é atualmente a Alliance One. “O Astor Reckziegel veio falar comigo sobre a produção de fumo”, lembra Weschenfelder, fazendo referência ao repórter que ajudou a fundar a Folha do Mate, em 6 de outubro de 1972.
Ainda sobre o tabaco, há muito tempo Astor Weschenfelder e a esposa, Etelga, 78 anos, deixaram o trabalho na lavoura, mas o tabaco segue crescendo no entorno da casa. Isso porque todos os filhos, Adelar, Lotário, Elisete, Leandro e Robson, também são agricultores.