Em 75 dias, o Vale do Taquari sofreu com duas das três maiores enchentes da história do rio Taquari. O município de Venâncio Aires, atingido diretamente nos distritos de Vila Mariante e de Vila Estância Nova, é um dos que participou de reuniões, realizadas antes da enchente do mês de setembro, para a implementação de sistemas de alerta e emissão de informações sobre o avanço das águas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Luciano Teixeira, são necessários planos em todos os municípios para que os resultados sejam precisos, mas que estas ferramentas são de extrema importância. “Os acumulados de chuva não ocorrem apenas em Venâncio. São diversas localidades que antecedem a comunidade de Mariante, e é nestes locais que precisamos dos sistemas, para que possam, também, repassar informações aos demais”, aponta.
Teixeira afirma ainda que boa parte dos municípios da bacia Antas/Taquari participa do movimento, porém não houve tempo hábil para colocar um sistema em prática, em decorrência dos eventos extremos dos últimos meses.
Construções
De acordo com a secretária de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza, por orientações do Ministério Público (MP), a Administração não autorizará novas construções em Vila Mariante e regiões de risco. “A demanda já é pequena e as construções que existem são antigas, por isso o número de pedidos de novas edificações é quase zero”, destaca.
Além disso, Deizimara diz que a localidade já passava por restrições em decorrência das Áreas de Preservação Permanente (APP), nas margens do rio Taquari, protegidas pela legislação ambiental brasileira.
O secretário de Habitação e Desenvolvimento Social, Ricardo Landim, enfatiza que já foram cadastradas unidades habitacionais para retirar famílias de Vila Mariante através do ‘Minha Casa, Minha Vida Calamidade’, mas que o recurso não está confirmado e, por conta disso, não pode apresentar mais detalhes.
