O primeiro Natal dos primos Artur e Vicente

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Para muitas pessoas, esse será o primeiro Natal com os maiores presentes da vida: filhos sonhados e planejados, que nasceram em 2023 e tornaram este um ano ainda mais especial. Será assim na família da esteticista Gláucia Mariano da Cruz, 32 anos. “Diferente de outros anos, não estamos preocupados com a roupa que iremos vestir, o que vamos fazer. Será realmente um Natal com o significado verdadeiro, com a presença dos maiores presentes que temos na vida. Vamos realmente viver aquilo que sempre desejamos em mensagens de Natal”, define a mãe de Artur Mariano Faleiro, 11 meses.

Quando Artur nasceu, em 7 de janeiro deste ano, a família sequer imaginava que, ainda em 2023, contaria com mais um integrante. Filho de Josi Fernanda Schwendler, 35 anos, e de Gilson Mariano da Cruz, 34, irmão de Gláucia, Vicente Mariano da Cruz chegou em 15 de setembro, após quatro anos de espera do casal para engravidar do primeiro filho.

“Sempre tive muita fé e pensava que se ele não tinha vindo ainda era porque eu não estava pronta. Assim, quando descobrimos a gravidez, foi uma alegria enorme, de forma muito tranquila, foi no momento certo”, compartilha Josi, que, junto do marido, é proprietária de uma empresa de informática.

A fé também foi um ingrediente primordial na história de Artur, que nasceu prematuro, com 36 semanas. Como o pulmão não estava totalmente desenvolvido, horas após o nascimento, no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), o bebê foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado, onde permaneceu por seis dias. Enquanto o marido Júnior dos Santos Faleiro, 34 anos, acompanhou Artur e não arredou o pé da UTI, Gláucia seguia hospitalizada em Venâncio para se recuperar da cesariana. Em meio à angústia, à distância do filho recém-nascido e do esposo e às notícias que custavam a chegar, ela se agarrou à fé. As orações eram direcionadas, principalmente, para Santa Gianna Beretta Molla, considerada padroeira das mães e dos bebês. “Santa Gianna protege as gestantes e eu já tinha feito uma novena a ela, pela Josi, que tentava engravidar. Quando o Artur estava na UTI, fiquei íntima da Santa Gianna. A fé, assim como a nossa rede de apoio, foi o que nos manteve naquele momento”, ressalta a moradora do bairro Aviação. Após a alta hospitalar, Gláucia seguia com o marido, diariamente, para ficar ao lado do filho. “Nosso trajeto até Lajead, de carro, era sempre rezando”, conta.

DESENVOLVIMENTO

Entre as intercessões a Santa Gianna, Gláucia também pedia que fosse possível amamentar Artur. A produção de leite depende do estímulo de sucção do bebê, mas por conta da internação na UTI, não era possível esse contato entre mãe e filho. “Eu tirava o leite e, nos primeiros dias, saiam 2, 3 mililitros cada vez. Várias vezes pensei em desistir, mas consegui me manter firme”, relata ela, que comemora o fato de ter conseguido amamentar e seguir até hoje.

“Quem vê o Artur hoje, tão forte, não imagina o que passou, da dificuldade inicial de ganhar peso”, observa a mãe. Por conta de uma deformidade no pé, Artur já precisou passar por cirurgia e hoje utiliza uma órtese para o tratamento. Nada disso impede a movimentação do carismático menino, que já fica de pé, apoiando-se nos móveis, e recentemente começou a engatinhar. “Quando estava na UTI conheci muitas histórias e vi como sempre há situações muito mais complexas, e também o quanto as crianças são fortes. O Artur nos ensina muito”

A vovó Glaci Fengler da Cruz com os netos Henrique Kessler, 9 anos, Vicente Mariano da Cruz, de 3 meses, Lucas Kessler, 13 anos, e Artur Mariano Faleiro, de 11 meses (Foto: Arquivo pessoal)

Coincidências, união e sonhos compartilhados

“Somos cunhadas, mas é como se fôssemos irmãs. Nossa sintonia é muito grande”, define Gláucia, ao se referir à Josi. Atualmente, a maior parte das conversas entre elas gira em torno das alegrias, das descobertas e dos desafios da maternidade. Ter filhos foi um dos sonhos compartilhados pelos casais. Mas, antes disso, eles planejaram e realizaram o próprio casamento em conjunto. Gláucia e Júnior e Josi e Gilson subiram ao altar para dizer o ‘sim’, no dia 11 de dezembro de 2021, após ser necessário remarcar três vezes, por conta da pandemia de Covid-19.

Nessa relação marcada pela união, amizade e companheirismo, também estão coincidências e muitas histórias para contar. Uma dessas situações ocorreu dois dias após o nascimento de Artur, quando Gláucia ainda se recuperava da cesariana no hospital. Josi acompanhava a cunhada e as duas faziam planos pensando em como seria o Carnaval de 2024, com a presença do bebê, que já teria um aninho. “E tu já vais estar grávida”, projetou Gláucia, falando da cunhada. “Ou já vai ter nascido”, respondeu Josi, de forma automática, sem pensar.

Dias depois, em 23 de janeiro, ela confirmou que seria assim, quando descobriu a gestação. Gláucia, aliás, foi uma das primeiras a saber sobre a gravidez, antes mesmo que Josi contasse para o marido Gilson. “Fiz um teste de farmácia no domingo, na segunda fiz o exame de sangue e enviei para a médica para confirmar”, relata. Para dar a notícia mais aguardada dos últimos anos para o marido, ela fez uma surpresa: encomendou um body personalizado e entregou a Gilson.

Vicente com os pais Josi e Gilson (Foto: Arquivo pessoal)

“Cada encontro que temos é muito gostoso, uma oportunidade de dividir experiências e descobertas dos meninos.”

JOSI FERNANDA SCHWENDLER

Mãe do Vicente

Artur com os pais Gláucia e Júnior (Foto: Arquivo pessoal)

“Essa convivência é maravilhosa e é como uma amostra de um segundo filho, pois é amor multiplicado.”

GLAUCIA MARIANO DA CRUZ

Mãe do Artur



Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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