Acessório de todas as horas

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Minha história com os óculos de grau começou lá pela sétima série, mais especificamente nas aulas de matemática. Sempre gostei das aulas, mas odiava sentar na frente, então sentava no fundo e, a partir dai, os “problemas” começaram a surgir. Minha professora começou a notar que nas provas e trabalhos, alguns números estavam errados. Na hora de eu copiá-los do quadro, com a visão embaçada, acabava trocando-os ou me confundindo com outros. 

No começo achei que podia ser efeito da luz que batia no quadro e dava reflexo, mas aos poucos e com a insistência da minha amada professora (obrigada profª Dilce!), resolvi procurar um oftalmo. E não é que ela estava certa? Realmente a minha visão não estava cem por cento. Não que fosse algo de ficar apavorada, mas a miopia juntamente com o astigmatismo, faziam com que a minha visão para longe, ficasse comprometida.  

Depois da consulta, começou mais um dilema: que óculos escolher? Que cor? Que modelo? Confesso que sempre achei lindo pessoas que usavam óculos, mas é óbvio que eu não me imaginava usando. Eu, usando óculos? Nunca! Jamais! Vou ficar parecendo uma senhora. Vou ficar estranha. Vou odiar tirar fotos. Não quero usar!

Foto: Mônica da Cruz / Na Pilha!
Minha “coleção” de óculos

Não foi fácil escolher o modelo. Eram tantas cores e formas que algumas boas horas foram poucos para que eu tomasse uma decisão certa. Mas, no fim, escolhi um modelo simples e que, supostamente, me agradaria. Doce engano! (hahaha) Logo nas primeiras semanas comecei a não me gostar nas fotos e passei a achá-lo simples demais. Já posso trocar? Já posso escolher outro modelo?

Depois de seis anos usando óculos e de cinco modelos diferentes, me acostumei com esse acessório e hoje, não me vejo mais sem. Virou rotina acordar de manhã e colocá-lo no rosto. Hoje, mais do que nunca, não me imagino sem meu companheiro de todas as horas. Aprendi a escolher diferentes modelos, cores e formatos. Aprendi a me ver com “quatro olhos” e percebi que usar óculos não tem problema nenhum! Pelo contrário, usar óculos, na minha opinião, é incrível. Adoro me sentir duas pessoas – uma com óculos e outra quando estou sem. 

Meu primeiro óculos foi um modelo bem simples. No segundo, resolvi arriscar e comprei um modelo vermelho. No terceiro, cansada daquele vermelho vibrante, resolvi escolher um modelo mais simples e completamente preto. O quarto modelo foi um preto com laranja super diferente, o único problema é que eu acabei enjoando rapidamente. E o quinto óculos, é um modelo mais simples, só com armação preta em cima.

 

    

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