Nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, é o Dia do Publicitário, um profissional dinâmico, que contribui para que muitas marcas e empresas consigam se comunicar com seu público-alvo e chegar aos objetivos. É o publicitário o responsável por indicar os melhores meios e caminhos para que as empresas sejam conhecidas e bem-vistas no mercado, seja por meio de anúncios gráficos, digitais, conteúdos em vídeo; em jornal, rádio, mídias sociais ou televisão. Para marcar a data, a Folha do Mate conversou com dois publicitários que atuam em Venâncio Aires.
Arthur: “O envolvimento é a chave para a comunicação assertiva”
Ele é publicitário desde o fim de 2021, quando se formou pela Universidade do Vale do Taquari (Univates) e há três anos está à frente da Tumulto, agência de publicidade que conta com uma carteira atual de 20 clientes. Arthur caracteriza o publicitário como um profissional que precisa ser “bom em tudo” – principalmente quando trabalha sozinho –, pois desenvolve textos, artes, vídeos e todos os materiais que uma empresa necessita para se comunicar.
Segundo ele, o que mais gosta da profissão é o dinamismo. “Meus dias preferidos são aqueles que não paro, que têm gravações, reuniões com clientes e atendimentos. Por mais que também preciso por vezes ficar em frente a uma tela, os dias nunca são iguais, pois são clientes de áreas diferentes”, comenta.
O jovem de 25 anos destaca que a formação em Publicidade e Propaganda faz a diferença pois, antes de tudo, ensina a ser comunicador e a lidar com diferentes tipos de materiais que podem ser úteis ao cliente, como spots de rádio, anúncios de jornal e outdoors. “Hoje, 95% dos clientes vêm em busca da comunicação digital, mas um publicitário formado consegue atender a qualquer demanda que almeje a comunicação. A publicidade é um investimento, então precisa investir certo”, ressalta.
Entre os princípios para um bom resultado, Arthur elenca ter conhecimento sobre o posicionamento e o público-alvo do cliente, também ter entendimento sobre o produto ou serviço oferecido e a forma de falar, e isso tudo deve ser replicado em todos os lugares que o cliente deseje chegar. É a identidade visual, em conjunto com slogan, que sintetiza tudo que a marca acredita, e essa ideia deve ser apresentada tanto no on-line como off-line. Arthur reforça que é preciso levar em conta também, as mudanças de planejamento no meio do caminho, que por vezes são necessárias.
Produção em colaboração
O publicitário ressalta que para a criação de qualquer produto é indispensável a colaboração e contato frequente com o cliente. “A publicidade deixou de ser algo distante, hoje o envolvimento é a chave para a comunicação assertiva”, enfatiza.
Arthur garante também que a criatividade não é um dom e precisa ser aperfeiçoada constantemente, com busca de referências, pesquisas e conversa entre a equipe. Ele destaca que pode haver o bloqueio criativo de inspirações, mas sempre que está bem munido de outras ideias, consegue produzir algo. “Não se cria nada olhando uma tela em branco.” Além disso, ele pontua que a organização interna é indispensável, pois todos os dias a agência lida com prazos de entrega.
Babih: “Somos tradutores de uma linguagem que impacta o público-alvo do cliente”
A publicitária Bárbara Teixeira, a Babih, é formada há 10 anos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área há 15 anos. Ela é a proprietária da Amarelo Magenta, criada em dezembro de 2016, e hoje atende 16 clientes. O que mais gosta na profissão é o dinamismo e a flexibilidade de trabalho. “São muitas frentes e necessidades em um mesmo cliente. É preciso criar, atender, planejar e dar conta da burocracia”, exemplifica. Além disso, a profissional destaca que consegue dividir a rotina conforme os momentos do dia em que sabe estar mais disposta e assim, faz o trabalho render mais.
Para ela, o diferencial de um publicitário é ser um bom ouvinte e ter senso de observação. “Somos o tradutor de uma linguagem que, junto com bases técnicas, impacta positivamente no público-alvo do cliente”, explica. Babih considera que a profissão contribui para encontrar a melhor versão de cada marca e empresa, e ao mesmo tempo saber explorar e usar a essência do cliente.
Nos momentos em que a inspiração falha, ela pontua: “aí se junta a experiência e a técnica, sempre respeitando os momentos de descanso.” A publicitária de 34 anos afirma que nunca considera ter tido um bloqueio criativo, pois sempre encontrou ferramentas adequadas, seja na pesquisa, inspiração e ressignificação para criar um bom produto. Faz parte do processo de Babih a conexão e proximidade para criação conjunta com o cliente. “Tudo acontece com uma boa conversa e transparência, é saber ouvir e entender”, afirma a publicitária.
Para as criações, ela formula uma base de dados de cada cliente, com informações sobre o produto, como se vê o consumidor, o que pensa sobre o negócio, quem pode consumir a marca, e, após isso, os dados são entrelaçados e estabelecidos os públicos, mercados e meios de comunicação que podem auxiliar na comunicação.
Atualização
Com experiência na área, Babih destaca que sempre necessitou estar em constante evolução e em busca de adaptações para contemplar as novas formas de comunicação, como as redes sociais, que se popularizaram logo após a conclusão da sua graduação. “As coisas se transformaram. Consegue-se aplicar a técnica com readaptações, mas é preciso ter uma boa base”, afirma.
Babih enfatiza que a publicidade não é uma ciência exata, e sim baseada em tentativas e erros, quando nenhum planejamento é enrijecido, pois se precisa trabalhar com liberdade.
O jornal como meio comercial para empresas
• O publicitário Arthur dos Anjos comenta que o jornal é uma mídia que dá resultado para as empresas que realizam o anúncio gráfico. “É preciso avaliar o cliente, o quê e com quem a marca quer conversar.” Segundo ele, muitos dos seus clientes ainda utilizam deste meio para divulgação e a busca pelo reconhecimento.
• Babih Teixeira também destaca o jornal como um veículo de muita credibilidade perante à sociedade, o que traz validação para a marca. “Hoje, as empresas não querem apenas fazer um anúncio ou mídia, mas ter a sua marca ligada a um conteúdo, a um assunto relevante pautado”, observa.