Testes rápidos de dengue estão disponíveis em unidades de saúde de Venâncio

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O Brasil todo está em alerta para o aumento dos casos de dengue. Diversos estados já decretaram situação de emergência em saúde. No Rio Grande do Sul, foi confirmada a segunda morte pela doença neste ano. O primeiro óbito ocorreu no dia 31 de janeiro, no município de Tenente Portela, e o segundo, no dia 1º, em Santa Cruz do Sul. Neste ano, já são mais de 2,5 mil casos confirmados em território gaúcho. Em Venâncio Aires, segundo boletim epidemiológico da terça-feira, 6, eram 16 casos notificados e destes, três positivados, sendo um deles contraído no próprio município. Outros três casos estão em análise.

De acordo com a técnica em enfermagem Vânia da Rosa, que atua na Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires, os sintomas da dengue geralmente estão associados à febre, cefaleia, dor atrás dos olhos, dor no corpo, cansaço excessivo, náuseas, vômito, inapetência e conjuntivite. “Mas vai depender do organismo de cada pessoa quanto aos sintomas e sua intensidade’, explica.

Ela orienta que, ao notar qualquer sintoma, é importante procurar atendimento médico para uma avaliação e posterior realização de exames. Atualmente está disponível nas unidades de saúde da zona urbana o teste rápido para dengue, que foi adquirido pelo Município. Vânia explica que ele é feito até o quinto dia desde o início dos sintomas e o resultado sai em até 20 minutos. Já após o sétimo dia desde o início dos sintomas, existe o exame imunoglobulina M (IgM) – um exame de anticorpos, quando o próprio organismo já está criando defesa para combater a doença. Este tipo é encaminhado para Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen) e o resultado fica disponível em aproximadamente cinco dias.

A técnica em enfermagem destaca que o tempo de espera pelo resultado não afeta o tratamento, já que não existe um medicamento específico contra a dengue. São utilizados medicamentos para tratar dor e febre, hidratação e repouso. “Importante ressaltar que se houver suspeita de dengue, a pessoa deve usar repelente para evitar que mosquitos, ainda não infectados, se tornem transmissores da dengue e contaminem outras pessoas do domicílio”, reforça Vânia.

  • A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também causa doenças como Chikungunya e Zika vírus.

Postos de saúde com o teste

1 Unidade Básica de Saúde (UBS) Cruzeiro
2 UBS Santa Tecla
3 Equipe de Atenção Primária (EAP) Coronel Brito
4 EAP Macedo
5 UBS Batisti
6 EAP Caic
7 UBS Gressler

Dicas de prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, para evitar a dengue, algumas regras podem ser seguidas com revisão semanal dos pátios. O fator principal é evitar água parada para a proliferação do mosquito.


• Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados.
• Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas.
• Guardar pneus em locais cobertos.
• Guardar garrafas com a boca virada para baixo.
• Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água.
• Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras.
• Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha.
• Jogar as larvas na terra ou no chão seco.
• Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida.
• Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal.
• Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias. É preciso que seja aplicada uma solução de água com água sanitária pelo menos uma vez por semana.
• Guardar baldes com a boca virada para baixo.
• Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos.
• Manter limpas as piscinas.
• Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos
• Em recipientes com larvas, onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.



Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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