Dentre os recursos naturais disponíveis, o solo é, sem dúvidas, um dos mais importantes para a humanidade. O solo é essencial para o desenvolvimento da agricultura, de diferentes maneiras: fornece nutrientes às plantas, ancora as raízes, infiltra e retém água, além de inúmeros serviços ecossistêmicos fundamentais para a produção de alimentos. O solo se forma através da degradação das rochas e minerais pela ação de diversos agentes naturais ao longo do tempo, como água, vento, temperatura e organismos vivos. Esse processo de intemperismo é contínuo e pode levar milhares ou até milhões de anos para formar uma camada de solo significativa.
Portanto, conservar o solo é essencial para garantir a segurança alimentar, manter os ecossistemas saudáveis e promover a qualidade de vida das pessoas. Não se trata de impedir o uso do solo, mas sim a utilização com o mínimo de dano ou desperdício. Envolve a recuperação de áreas degradadas pelo uso e manejo anterior, bem como a utilização do solo conforme a sua capacidade. Enfim, ações que tornam a terra tão produtiva quanto possível sem comprometer a sua utilização ao longo prazo.
De modo geral, práticas conservacionistas têm como objetivo conservar o solo, principalmente através do controle da erosão, um processo de desgaste da superfície do solo maximizado pelo impacto da gota da chuva. Quando o solo fica exposto, seja devido à remoção da vegetação natural ou à remoção das camadas superiores do solo durante práticas agrícolas, ele se torna muito mais suscetível à erosão, conforme ilustrado na figura que compara o impacto da cobertura vegetal, resteva ou solo descoberto na erosão do solo.
A cobertura do solo atua como uma barreira física que reduz o impacto da chuva e do vento, impedindo que as partículas do solo sejam removidas. Além disso, ajuda a manter a estrutura do solo, promovendo a infiltração da água e reduzindo o escoamento superficial. Isso é especialmente importante em áreas inclinadas ou suscetíveis à erosão. Sem cobertura do solo, a erosão pode ocorrer rapidamente, resultando na perda de solo fértil, diminuição da qualidade da água e degradação do habitat. Portanto, manter a cobertura do solo é essencial para conservar e proteger a saúde do solo e dos ecossistemas associados.