Já são quatro anos desde que a Escola Cidade Nova mudou o nome para Escola Municipal Cívico-Militar de Ensino Fundamental para receber o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), único educandário de Venâncio Aires neste modelo. No entanto, até hoje nada aconteceu na prática. O projeto foi instituído pelo governo de Jair Bolsonaro, mas revogado quando Lula assumiu a Presidência da República, em janeiro de 2023.
O assunto teve um novo capítulo no início deste mês. No dia 9, os deputados estaduais aprovaram um Projeto de Lei (PL), cuja autoria é do Delegado Zucco (Republicanos) e de outros quatro parlamentares, que autoriza o Estado do Rio Grande do Sul a manter o programa, mesmo que este esteja fora do planejamento federal. Na opinião de Zucco, o modelo é um sucesso e trata-se de uma alternativa aos jovens. Atualmente, 86 escolas gaúchas contam com esse modelo.
No entanto, segundo o secretário municipal de Educação, Émerson Eloi Henrique, nenhuma comunicação oficial chegou à Prefeitura desde que o PL foi aprovado. “Desde 2022 estamos aguardando o envio dos monitores”, observa.
Consultada pela reportagem, a diretora da Cidade Nova, Rosemeri Beier, reafirmou que ainda não houve nenhuma mudança, na prática. Porém, ressaltou que segue com expectativa para a aplicação do modelo na instituição: “Estamos aguardando a concretização desse sonho. Esperamos os profissionais militares para atuarem na nossa escola, visando maior segurança no nosso educandário. Nós, como escola, já fizemos toda a parte burocrática que nos foi solicitada, estamos aguardando os órgãos responsáveis fazerem a sua.”
Como seria a escola cívico-militar?
A escola passaria a contar com dois monitores, que são policiais da reserva (já aposentados), com carga horária de 40 horas semanais. Eles atuariam junto às turmas de 1º a 9º anos. Entre as atividades, ele ajudariam na organização das filas, hora cívica e um projeto sobre valores, no turno oposto ao das aulas.
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