Lista de compras tem alta de 5,53% no começo de maio

-

Com uma média de R$ 456,91 na pesquisa realizada em três supermercados do município na segunda-feira, 13, para adquirir os 38 itens da lista de compras em maio é necessário 5,53% a mais que no início do mês passado, quando a média era de R$ 432,93. Em maio, 22 itens apresentam acréscimo, 13 registram queda e três permanecem iguais.

Entre os acréscimos mais significativos estão a batata-inglesa, que passou de R$ 6,12 para R$ 9,95, um incremento de 62,58%; tomate, que passou de R$ 9,85 para R$ 11,56, o que corresponde a 17,36% de aumento; e no quilo do pão francês, que passou de R$ 11,31 para R$ 14,29, ou seja, 26,34% de majoração.

Já em relação à queda, o achocolatado reduziu 5,12% na média, passando de R$ 9,56 para R$ 9,07, embora desde o ano passado a embalagem de 400 gramas tenha diminuído para 370 gramas, sem alteração no valor. A mesma prática pode ser percebida também no sabão em pó e extrato de tomate, que tiveram modificação no tamanho das embalagens nos últimos anos.

Reflexos das enchentes

A respeito do que esperar para os próximos meses, com produtos que devem ter redução na oferta devido às perdas pelas enchentes e, consequentemente, alteração nos preços, Vicente Fin, chefe do escritório local da Emater RS-Ascar, afirma que as culturas relacionadas a grãos foram afetadas como um todo, principalmente soja e arroz. Alguns produtos devem influenciar de alguma forma na alta dos preços nos próximos meses, o que interfere diretamente no dia a dia da família, já que são itens básicos da lista de compras mensal.

Na questão do arroz, Fin afirma que a área que tinha por ser colhida em Venâncio Aires é pouco mais de 12%, mesmo percentual de perda. “São áreas de baixadas onde a enchente varreu, ela derrubou, tombou e, além de tudo, ainda trouxe um monte de material em cima. Quer dizer, essa área é perdida”, explica. Já a soja faltava 45% da área para ser colhida, percentual considerado “condenado”, de acordo com Fin. Por conta de a soja ser uma commodity e outras regiões produzirem, não deve influenciar no preço, porque é algo na esfera internacional. “O volume de um estado, quando tu enxergas um país do tamanho do nosso, onde tem muitos estados produtores, não chega a pesar tanto na balança”, acrescenta.

Já no caso do arroz, a tendência é impactar porque os estoques existentes estão baixos se comparado ao mesmo período anos atrás, com 70% a menos de reserva. O Rio Grande do Sul teve redução de área e, com a enchente, muitas lavouras foram perdidas, o que deve reduzir ainda mais os estoques. “Isso deve fazer uma pressão para a elevada de preços, porque o Rio Grande do Sul produz quase 80%”.

Airton Santos, sócio-proprietário da Arrozeira Santos, afirma que há tendência de alta no arroz, devido às perdas. “O centro do país está comprando de fora. Importa na Tailândia, então chega mais caro”, diz. Para o estado, não deve haver falta de produto.

Leia mais:



Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido