Mesmo sabendo que o Brasil tem mais mulheres do que homens, ainda existem setores da sociedade que insistem em manter níveis de machismo e preconceito inaceitáveis. De uma população de 195,2 milhões de habitantes, 100,5 milhões – ou 51,5% – são mulheres e 94,7 milhões são homens – 48,5% do total. O sexo feminino não apenas é mais expressivo – são 5,8 milhões de mulheres a mais – como se concentra nas faixas etárias mais avançadas.
O site, brasilpost.com realizou um levantamento listando os 10 piores estados do Brasil para ser negro, gay ou mulher. A discriminação por cor, gênero e orientação sexual ainda é um problema endêmico do país com dados que proporcionam um panorama triste e por vezes surreal.
Ainda enfrentando preconceitos por cor, especialmente escancarados na televisão e nos campos de futebol, é tão sério que reduziu a expectativa de vida do brasileiro negro. A possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que um branco, segundo uma pesquisa divulgada em 2013 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A mulherada também corre mais risco de vida no nosso país. Em dois anos, entre 2009 e 2011, quase 17 mil mulheres morreram por conflitos de gênero, o chamado feminicídio, que acontece pelo fato de ser mulher. São 5,6 mil mulheres assassinadas de forma violentada por ano ou 15 a cada 90 minutos. Os dados também são do ‘famoso’ Ipea. Entretanto os números são graves e reais em rápidas pesquisas nos registros de mortes no nosso país.
Os 10 estados mais perigosos para as mulheres são: Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Roraima, Pernambuco, Goiás, Rondônia, Paraíba, Mato Grosso e Pará. A lista leva em conta o número de mortes para cada 100 mil mulheres no ano passado. Espírito Santo por exemplo tem 11,24 mortes para cada 100 mil mulheres.
Quanto aos homossexuais, um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB) de 2013-2014 também mostrou como a intolerância a homossexuais tem matado jovens brasileiros. Mais especificamente, um gay é morto a cada 28 horas no país. Foram documentados 312 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2013.
O problema é grave e necessita de atenção da classe política. Ainda enfrentamos problemas de dois séculos a atrás, em uma sociedade que se diz bastante moderna.