O deputado estadual Airton Artus (PDT) participou nesta semana da maior programação técnico-científica e conjuntural de proteína animal do Brasil. O Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs), em São Paulo, considerado o maior evento do setor, reunindo compradores, técnicos, pesquisadores, consultores, lideranças e estudantes da área.
O evento contou com a presença do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, deputado Ernani Polo, ministros, governadores de Santa Catarina e Paraná, presidentes de cooperativas, além de dirigentes da proteína animal de todo o país.
Artus representou a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde também é o líder da Frente Parlamentar em defesa da proteína animal. É um dos principais defensores da proteína animal no Estado, inclusive, escrevendo um livro sobre o setor em Venâncio Aires, explorando os frigoríficos locais e a importância do consumo de alimentos à base de proteína e seus benefícios.
“É impressionante o potencial do segmento. Nos orgulha porque somos de Venâncio Aires, onde temos um grande potencial com os nossos frigoríficos. Fico otimista e com a esperança de que o segmento da proteína animal no RS vai voltar a crescer, juntamente com a agroindústria”, avalia o deputado.
No evento, o pedetista conversou com o governador Eduardo Leite sobre a situação dos frigoríficos da região do Vale do Taquari e Rio Pardo, propondo algumas soluções, principalmente depois das enchentes que atingiram empresas. Propôs uma audiência com o chefe do Estado para encontrar uma solução, enquanto o Governo Federal não destine recursos ou mesmo anistie os encargos dos produtores rurais que foram prejudicados pela enchente de maio.
“Querermos organizar uma série de visitas às empresas do Vale do Taquari e Rio Pardo. Precisamos de políticas que passem segurança aos produtores, seja do setor primário ou industrial. E a participação nesta grande feira da proteína animal nos motiva para continuar buscando soluções e apoio a este importante setor”, destaca Artus.
Uma medida necessária e urgente para o setor produtivo.
Crescimento da direita na região
As convenções partidárias nos municípios da região mostram o crescimento do movimento de direita na política, com ativa participação de pré-candidatos estreantes em eleição e participação de pessoas que não faziam parte da política até então. Me chamou atenção a convenção do PP e PL em Venâncio, com o empresário Maciel Marasca (PP) pré-candidato a prefeito e o advogado e empresário Alexandre Wickert (PL) como vice. Juntos, os dois partidos fizeram a maior convenção no município, lotando o ginásio da comunidade São Lucas, no bairro Aviação, faz uma semana. A estimativa dos organizadores é da presença de 500 pessoas.
Em Passo do Sobrado o movimento maior de centro-direita é liderado pelo empresário Edgar Thiesen (PP), o Amarelinho, prefeito que concorre à reeleição e que também realizou a maior convenção do município, no sábado.
Em Mato Leitão a participação na confirmação de Arcênio Maldaner como candidato a prefeito pelo PP também teve presença expressiva, onde o partido nem candidato lançou na eleição anterior. Além de PL e Republicanos lançarem nomes para concorrer.
Em Santa Cruz, Sergio Moraes lidera o movimento de direita como pré-candidato do PL a prefeito e realizou uma convenção histórica, onde a prefeita Helena Hermany (PP) é candidata à reeleição e terá como vice Fabiano Dupont (PSB), assessor do deputado federal Heitor Schuch.
Em Lajeado o prefeito Marcelo Caumo (PP) completa seu segundo mandato e a candidata será a vice, Glaucia Schumacher (PP), advogada e professora, filha do ex-prefeito Claudio Schumacher. Ela terá como vice Marcelo Cé (Novo) que foi secretário da Fazenda no governo Caumo.
É o fenômeno Bolsonaro que ‘acordou’ o movimento de direita no país, que por décadas estava ‘adormecido’, apoiando e votando em quem era de centro-esquerda, como FHC, Serra, Alckmin, todos do PSDB. Em 2018 Bolsonaro, pelo ‘nanico’ PSL, acordou esta parcela de brasileiros e se elegeu Presidente da República no pós Lava Jato, que condenou lideranças dos governos petistas, por corrupção. Em 2022 buscou a reeleição, enfrentou Lula, a grande mídia e os rigores do STF e TSE e perdeu. Mas deixou aceso o movimento, e arrasta multidões nas ruas por onde passa pelo país, como recentemente aqui no RS, com rápida passagem por Venâncio.
Esse efeito reflete nas convenções das candidaturas de direita e centro-direita, que reúnem, no RS, PL, PP, Republicanos, principalmente. Resta saber como isso vai refletir em votos nas urnas. Na última eleição presidencial, Bolsonaro venceu em quase todos os municípios da região dos Vales e Serra. Em Venâncio fez 63,7% dos votos contra 32,2% Lula. E isso faz o movimento acreditar nas eleições municipais. Mas, em Venâncio, Maciel Marasca sabe que não é fácil vencer. Vai enfrentar o prefeito Jarbas da Rosa (PDT), candidato à reeleição, e o ex-prefeito Giovane Wickert (PSB), dois políticos já afirmados, além de Cândido Faleiro (PT). Na coligação é lembrada a eleição de 2008, quando Airton Artus (PDT) derrotou o prefeito Almedo Dettenborn (MDB), que buscava reeleição, e o ex-prefeito Glauco Scherer (PTB).
Eduardo Leite defende centro como polo
Em entrevista no Canal Livre, da Band, no domingo a noite, o governador Eduardo Leite ganhou holofotes nacionais. Na sua entrevista falou sobre vários temas. Nome para concorrer à presidência da República, desde 2022, Leite, perguntado por Fernando Mitre, sobre tornar o centro um polo, como defendia Fernando Henrique Cardoso, respondeu que é mais fácil eleitoralmente para políticos ser centro mas estar ao sabor dos ventos, e se aliar a esquerda ou direita, como tem acontecido. E disse que e muito difícil ser ‘centro’ e defende que esta condição precisa ser um novo polo, um terceiro polo, entre esquerda e direita.
Para criar esta condição é preciso ter uma liderança forte que lidere o centro como um polo, como fizeram Lula e Bolsonaro na esquerda e direita. O governador gaúcho, único reeleito no estado, trilha este caminho e tem apoios importantes dentro do PSDB. “Quero ajudar o país a construir um caminho de sobriedade, onde se ataque os problemas e não as pessoas, como fazem os dois polos hoje. São muito bons em apontar culpados, mas para soluções se mostram ineficientes”, afirmou Leite.
Do X
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