Está sendo divulgada hoje a segunda rodada da pesquisa do Instituto Methodus para Folha do Mate e Terra FM, na eleição municipal de Venâncio Aires. E mostra o crescimento do candidato Maciel Marasca (PP), que tira espaço de Jarbas da Rosa (PDT) e Giovane Wickert (PSB), que recuaram na intenção de voto do eleitor.
Na pesquisa espontânea, Jarbas recuou 1 ponto, de 32,3% para 31,3%, Giovane recuou 2,8 pontos, de 16,3% para 13,5%. Marasca subiu 8,7 pontos, passando de 12,8% na primeira pesquisa, publicada dia 31 de agosto, para 21,5% na pesquisa divulgada hoje. Cândido Faleiro (PT) não teve menção na pesquisa espontânea. O contingente de indecisos baixou de 35,8% para 30,3%. A soma mostra que Marasca atraiu intenção de votos de indecisos, principalmente, mas também de Giovane e Jarbas.
Na estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, o quadro se repete, com outros números, mostrando o crescimento significativo de Marasca e recuo de Jarbas e Giovane. Jarbas recuou de 43,3% na pesquisa de 31 de agosto, para 38,3% agora, perdendo 5 pontos percentuais. Giovane recuou de 23,3% para 18,5%, perdendo 4,8 pontos percentuais. Marasca saltou de 19,3% para 28,5%, crescendo 9,2 pontos percentuais. Os indecisos eram 10,3% e agora são 9,8%. A matemática mostra que na estimulada o crescimento de Marasca veio dos eleitores de Jarbas e Giovane, que trocaram de intenção de voto. Cândido Faleiro (PT) aparece com 1%.
Jarbas tinha uma vantagem de 20 pontos para Giovane na primeira pesquisa e de 24 pontos para Marasca. Agora, a vantagem de Jarbas caiu para 9,8 pontos percentuais para Marasca, que encurtou em 14,2 pontos a diferença. Giovane segue 20 pontos atrás de Jarbas e agora 10 pontos atrás de Marasca.
Estratégia deu certo
Tenho falado na Terra FM e escrito aqui na Folha que depois da primeira pesquisa, onde o estreante em política, empresário Maciel Marasca (PP), largou bem, com 19,3% das intenções de voto, a campanha ganhou corpo e decidiu por uma estratégia de ideologizar a eleição municipal, como já acontecera ne eleição presidencial. Muitos acreditavam que isso não seria possível. Maciel Marasca (PP) e Alexandre Wickert (PL) trouxeram Bolsonaro mais forte para a campanha, se colocando como uma candidatura de direita, contra outras três candidaturas de esquerda, do PT de Cândido, do PSB de Giovane e do PDT de Jarbas, estabelecendo a ideologização. E reforçou que os três candidatos participaram dos governos municipais nos últimos 20 anos em Venâncio, pregando uma mudança de verdade. O resultado desta segunda pesquisa mostra que a estratégia está dando certo, marcando um crescimento forte de Marasca em relação a Jarbas. Ele reduziu a diferença de 24 pontos percentuais da primeira pesquisa para 9,8 pontos agora, faltando três semanas para a eleição de 6 de outubro.
Jarbas tem vantagem
O prefeito Jarbas ainda tem uma importante vantagem. Ele lidera as intenções de voto na cidade e no interior. Na cidade tem 35,9% contra 29,9% de Marasca, 20,3% de Giovane e 0,4% de Cândido. No interior o prefeito tem 42,3% das intenções de voto, contra 26,2% de Marasca, 15,4% de Giovane e 2% de Cândido. Mas a pesquisa de hoje vai ‘colocar fogo’ na campanha. Jarbas vai ter que segurar a intenção de voto e recuperar o que perdeu. Marasca vai buscar seguir com a onda de crescimento que conseguiu criar e tentar virar a eleição. E Jarbas vai ser o alvo. Giovane é que fica em maior dificuldade, mantendo a mesma distância de 20 pontos para Jarbas. Cândido não decolou nas pesquisas.
A grande aposta das campanhas vai ser no voto indeciso, que soma 30% dos eleitores, como mostra a pesquisa espontânea. Vai estar ali a decisão da eleição nestas três semanas.
A pesquisa ‘fotografa’ momentos de campanha. O voto que vai decidir a eleição, será dado pelo eleitor na urna, no dia 6 de outubro. Até lá são três semanas de muito trabalho para todos e convencer o eleitor de que a sua é a melhor proposta para governar Venâncio nos próximos quatro anos.
Secretários e vereadores no desfile
O desfile cívico da Semana da Pátria, no sábado, dia 7 de setembro, teve a presença de 29 pelotões, entre escolas e entidades, na rua Osvaldo Aranha. O prefeito Jarbas da Rosa e a vice Izaura Landim carregaram as bandeiras do Brasil e do RS, enquanto a presidente da Câmara de Vereadores, Claidir Kerkoff Trindade, carregou bandeira do Mercosul e o coordenador da Defesa Civil, Luciano Teixeira, a bandeira do Município. No pelotão, a presença de vereadores e de quase todos os secretários municipais. Dos vereadores desfilaram Sandra Wagner (PSB), Benildo Soares (Republicanos), Renato Golmann (Podemos), Elígio Weschenfelder (PSB), Gerson Ruppenthal (PDT), Sid Ferreira (PDT), Clécio Espíndola (MDB) e Nelsoir Battisti (PSD). Dos secretários municipais desfilaram:
- Gustavo Von Helden, do Desenvolvimento Rural
- Deizimara de Souza, do Planejamento e Urbanismo, que cumula as secretarias de Infraestrutura e Serviços Públicos mais Segurança Pública.
- Fabiana Keller, da Fazenda
- Carin Gomes, do Meio Ambiente
- Sandro Kroth, da Cultura e Esportes
- Emerson Henrique, da Educação
- Camila Capelão, da Habitação e Desenvolvimento Social
- Alan Flores da Rosa, da Saúde
- Marcos Hütmann, do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo
- Gisele Spies Chitolina, Procuradora Jurídica
Vamos beber água de poço
O novo superintendente da Região Centro da Corsan Aegea, João Batista Corim da Rosa, revelou em entrevistas para a Folha e Terra FM, a decisão da empresa para aumentar a captação de água para abastecer Venâncio, pois atualmente, no verão, temos falta de água todos os anos, por falta de melhor sistema de distribuição, e com a ameaça de falta de água no arroio Castelhano, principal fonte de captação de água da empresa. Rosa anunciou que a perfuração de novos poços profundos será a opção da empresa para captação de mais água, por ser o modelo mais viável, economicamente.
As outras opções seriam construção de uma barragem, um lago artificial ou trazer água do rio Taquari. A Corsan chegou a projetar, na virada dos anos 2000, a construção de uma barragem no arroio Castelhano, em Linha Esperança, na região serrana do município, e dali, através de uma adutora, garantir água para tratamento e distribuição na cidade. Mas o projeto não saiu do papel. Agora, na segunda década do milênio, foram ventiladas outras possibilidades, como a construção de uma barragem em Linha Grão-Pará, reservando água do arroio São João. O vereador Benildo Soares (Republicanos) iniciou movimento pela construção de um lago artificial, no campo dos Machry, próximo ao Castelhano, para regular o fornecimento de água e ser um atrativo turístico. Um projeto para trazer água do rio Taquari, por 30 km, para abastecer a cidade também foi ventilado. Mas a decisão é de voltarmos no tempo. Vamos voltar a ter mais poços como fonte de água para a Corsan Aegea tratar e distribuir na cidade, complementando o volume de água retirado do Castelhano e que no verão não é mais suficiente.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) provisória captando água do arroio Castelhano, foi instalada em 1989, no primeiro governo do prefeito Glauco Scherer (1989-1992) e a construção da ETA definitiva no bairro Morsch, no segundo governo de Glauco Scherer (2001 – 2004), dispensando os poços, que nos últimos tempos voltaram a ser utilizados como fonte de captação.
Quando a água de Venâncio vinha toda de poços artesianos, existia até uma expressão, que se tornou bem conhecida, para simbolizar as pessoas que vinham morar na cidade e se integravam rapidamente à comunidade, como acontece muito até os dias atuais: “Quem bebe da água de Venâncio não sai mais daqui”, se dizia.
Os poços não solucionam
O gerente aposentado da Corsan em Venâncio, Donato Bergmann, diz que decisão da Corsan Aegea de voltar a perfurar poços para abastecer a cidade é voltar no tempo. A Corsan deixou de usar água de poços artesianos no final dos anos 80, pois Venâncio tem água salobra, imprópria para consumo humano, na profundidade além de 92 metros de profundidade, detalha Donato, citando que na estiagem, quando o Castelhano não suporta fornecer água suficiente para abastecer Venâncio, o lençol freático diminui os poços também reduzem muito a vazão. “É uma solução imediatista, mas que não vai resolver o problema, de água em Venâncio, a médio e longo prazo, me afirmou Bergmann, lembrando de um projeto pronto para construção de uma barragem em Linha Esperança, projeto que está nas gavetas, na Prefeitura e na Corsan.