Atividade em aula: estudantes criam propostas para o desenvolvimento

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No mês de julho, os alunos da turma 302 da Escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas participaram de uma atividade diferente, proposta na disciplina de Educação Financeira e Socioeconômica. Idealizada pela professora Angela Cristina Niederle Konrad, a atividade desafiou os estudantes a se dividirem em grupos e pensarem em iniciativas para o desenvolvimento de Venâncio Aires.

Conforme a professora, o objetivo da atividade foi formular propostas e planejamento nas áreas de educação, mobilidade urbana, saúde, emprego, infraestrutura, moradia e segurança. Os alunos tiveram que considerar o coletivo e apresentar, ao final da atividade, novas políticas públicas e projetos elaborados durante a disciplina, levando em conta o conteúdo abordado e os debates realizados em sala de aula.

Durante 29 anos, Angela foi professora de Matemática na Escola Monte das Tabocas, mas no mês de agosto se aposentou. Mesmo assim, ainda não se desligou completamente do ambiente que foi sua casa e família por quase três décadas. Ela atua como conselheira da turma 302 e continua a frequentar a escola para participar de algumas atividades até a formatura dos alunos. “Busco sempre propor algo diferente em sala de aula. No Colégio Gaspar, sou responsável pela disciplina de empreendedorismo, e lá também estou sempre instigando o pensamento crítico, a oratória e a interação entre os alunos”, comentou.

Gabrielli Luiza Lenhardt, 18 anos, é aluna da turma 302 da Escola Monte das Tabocas (Foto: Júlia Brandenburg)

Uma das participantes da atividade foi a estudante do terceiro ano do Ensino Médio, Gabrielli Luiza Lenhardt, 18 anos, moradora do bairro Coronel Brito, que pretende cursar Direito. “Levamos em consideração manter ideias que estão funcionando bem no município, além de pensar em iniciativas e projetos que ainda não existem em Venâncio Aires. A realização dessa atividade foi muito importante, pois estamos terminando o Ensino Médio e ingressando no mercado de trabalho. Falar sobre o município e pensar em melhorias para o lugar onde vivemos é uma forma de cuidar da nossa cidade”, ressaltou.

Propostas apresentadas

• Acolhe mais: Casa de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica. A proposta é abrigar mulheres vítimas de violência doméstica, que muitas vezes, por condições financeiras, deixam de denunciar a agressão por não terem para onde ir. O projeto visa oferecer um espaço seguro e acolhedor, onde essas mulheres possam encontrar proteção e apoio emocional. Além do abrigo, os alunos pensaram também em uma assistência jurídica, apoio psicológico e orientação profissional, para ajudar as mulheres a reconstruírem suas vidas.

• Creche para idoso: O grupo pensou em desenvolver um ambiente acolhedor, descontraído e amigável, onde idosos acima de 60 anos participariam de atividades diversas, buscando diminuir o isolamento social que acontece com muitos depois da aposentadoria. Visa o contato social, contando com diversas atividades para mantê-los ocupados durante o dia. Integra ideias como atividades como roda de música, oficina de costura, culinária, horta, esporte, jogos e atividades para ativar a memória, além de fisioterapia. O objetivo principal é exercitar a mente e o corpo, trabalhando suas emoções e sentimentos.

• Enchente: Desenvolver um sistema de drenagem e instalação de alertas antecipados, com objetivo de ajudar as pessoas em áreas de risco a se prevenir de maneira segura e eficaz. A turma do terceiro ano do Ensino Médio pensou na possibilidade de criar um sistema de drenagem moderno para se evitar o entupimento de bueiros e canais, também com a instalação de sensores de alerta ao atingir determinados níveis de água.

• Segurança: O foco do grupo foi pensar em medidas aplicadas de forma integrada, que podem contribuir significativamente para a redução da criminalidade e o aumento da qualidade de vida na cidade. Como por exemplo, policiamento comunitário e ações sociais e educacionais. Aproximação entre a Polícia e a comunidade, com o objetivo de construir laços de confiança. Patrulhas frequentes em bairros mais vulneráveis ajudam a prevenir crimes e aumentam a sensação de segurança. Investir em educação, cultura e lazer para jovens em situação de risco reduz a vulnerabilidade deles ao crime.



Júlia Brandenburg

Júlia Brandenburg

Acadêmica do curso de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul

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