Albano Roehl, 76 anos, acompanhou o desenvolvimento e crescimento de Linha Sapé, no interior de Venâncio Aires. Além de residir no local desde a infância, constituiu família e abriu o próprio negócio no 7º Distrito de Venâncio Aires.
Albano estudou na antiga Escola Joaquim Nabuco, em Linha Santa Eugênia, que na época funcionava no Salão Roehl e Irmãos, em espaço cedido para a realização das atividades escolares. “Quando tinha festa, as aulas eram no galpão do seu Zé Friedrich, que tinha uma serraria”, comenta.
Como o educandário não tinha uma sede própria, o pai e tio de Albano, Edwino e Alfredo, doaram uma área de terra para a construção da escola e de um quarto para moradia da professora. Com o passar dos anos, a instituição foi desativada e o terreno devolvido para a família. Albano concluiu os estudos no Colégio Gaspar Silveira Martins e começou a trabalhar no negócio da família, que tinha um comércio para venda de tamancos, botas, colchões e utensílios em geral.
No ano de 1966, deu início ao próprio negócio quando começou a se dedicar a matadouro de porcos, junto da fábrica de banha do pai e do tio Alfredo, a Roehl Irmãos. Em 1970, ampliou as atividades, passando a carnear também bois, com comercialização dos produtos na localidade e arredores.
Em 1980, foram iniciadas as atividades do Frigorífico Roehl na mesma planta que se encontra até os dias atuais. Hoje chamado Frigorífico Sapé, o empreendimento passou por ampliações e melhorias com o passar dos anos.
As filhas de Albano, Débora Helena Roehl Schwendler e Daniela Eni Roehl Bernstein, também atuaram no frigorífico, que segue a trajetória familiar. Em 2014, Albano se desligou das atividades da empresa, passando a administração do negócio para o sobrinho, Cristian Elias Roehl. “Com certeza o frigorífico é a maior empresa de Sapé, e que se manteve com o passar dos anos”, orgulha-se.
Ele observa uma diminuição dos estabelecimentos comerciais e industriais na localidade e arredores com o passar do tempo. “Antigamente tinha mais negócios, as pessoas também ficavam mais na localidade porque o transporte era só com carroça, tudo era mais difícil”, afirma.
Leitor fiel
Albano Roehl e a família são assinantes da Folha do Mate desde a década de 1980. Em todos os dias de edição, a leitura do jornal é a primeira tarefa do dia. É a esposa Lili Roehl, 74 anos, quem pega o jornal na frente de casa. Para ela, o horóscopo é a página mais esperada.
Já Albano gosta de conferir toda a edição, conferindo primeiro o nível do rio Jacuí. Ele também tem preferência pela leitura de colunas de opinião. “O jornal impresso e o rádio são minhas formas de ficar sabendo das notícias”, afirma o assinante.
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