Os vereadores de Venâncio Aires ainda não foram para a capital federal, mas a viagem já está dando o que falar. Isso porque a comitiva do Poder Legislativo local será formada por, nada mais, nada menos, do que nove parlamentares. Todos vão a Brasília com o objetivo de garantir recursos junto aos deputados federais e senadores dos mais variados partidos, mas, como não poderia deixar de ser, o que mais repercute no momento é o valor que a Câmara terá que dispensar para a efetivação da missão: aproximadamente R$ 60 mil para custear deslocamento, alimentação e hospedagem entre os dias 26 e 29 de novembro.
Existe um sentimento de reprovação, dentro da própria Câmara, em relação ao elevado número de vereadores envolvidos na viagem. Nos bastidores, comenta-se que não seria necessária uma comitiva grande deste jeito, e que o reflexo será negativo para a imagem da Casa do Povo. Por conta dos gastos, é claro. Além disso, pesa o fato de que seis dos nove parlamentares não estarão na Câmara em 2025: Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), André Kauffmann (PSDB), Benildo Soares (Republicanos), Sandra Wagner (PSB), Clécio Espíndola, o Galo (MDB) e Renato Gollmann (Podemos).
Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos), Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), e Diego Wolschick (PP) são os três reeleitos que fazem parte da lista de vereadores para a viagem. Wolschick é o único dos nove que abriu mão de receber diárias. Só vai contar com o valor da passagem aérea e, o restante, custeará do próprio bolso. Pelo que se apresenta, vai ter muita gente de olho no resultado desta ida em massa à capital federal. Se as emendas parlamentares não se confirmarem, a opinião pública – e também o tribunal das redes sociais – vai cair matando. Lembrando que o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa (PDT), também vai a Brasília. Entre os dias 25 e 27, ele acompanha o presidente e o administrador do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), Marcelo Farinon e Luís Fernando Siqueira, respectivamente, em busca das sonhadas emendas.
Por essa, ninguém esperava, né?
Acredite quem quiser: o vereador Benildo Soares (Republicanos), que fez campanha para Giovane Wickert (PSB) e Elida Klamt (PSDB) e não conseguiu se reeleger, disse que não teria problema de assumir um cargo em comissão (CC) no próximo governo de Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB). Ele sustenta que o critério para nomeações no Republicanos leva em conta os quadros que concorreram no pleito de outubro e, dessa forma, seria o quarto na lista, atrás de André Puthin, Márcio Dedé e Karin Franchiesca dos Santos, que são, em ordem, primeiro, segundo e terceira suplentes do partido, que elegeu apenas Claidir Kerkhoff Trindade. “Dependendo do cargo, eu assumo sim. Quero ver como o Republicanos vai conduzir esta situação. O meu nome vai ter que estar na lista que vão apresentar para o prefeito”, afirmou Soares, que enfrenta resistência tanto dentro da legenda, quanto na Prefeitura, já que não é de hoje que vem fazendo críticas à atual Administração.
Rapidinhas
Presidente do Podemos – que apoiou Giovane Wickert (PSB) e Elida Klamt (PSDB) na eleição deste ano -, o ex-vice-prefeito Celso Krämer estaria articulando a participação do partido no governo de Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB). A intenção seria encaixar o único vereador eleito da sigla, Alberto Sausen – que já antecipou que pretende manter a neutralidade na Câmara -, em uma secretaria. Dessa forma, estaria aberto o espaço para que o primeiro suplente do Podemos, Diego Krämer, filho de Celso, ‘herdasse’ a cadeira na Casa do Povo. Acho muito improvável.
Quem também estaria se ‘assanhando’ para integrar o governo de Jarbas e Izaura é o vereador não reeleito Renato Gollmann (Podemos). Ele teria sugerido que sua experiência valeria o cargo de assessor administrativo da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp), atualmente comandada por Sid Ferreira (PDT), outro vereador que não conseguiu a reeleição.
Notícia que chega de Mato Leitão. William da Silva (PDT), atual coordenador das capatazias da Prefeitura de Venâncio Aires, será o secretário de Obras, Viação e Trânsito da Cidade das Orquídeas, na gestão de Arly Stöhr, o Flecha (PDT), e Luciano Vargas (MDB). O pai dele, Elocyr Flávio Rodrigues da Silva (já falecido), foi vereador do município vizinho pelo PDT. Caminho que, provavelmente, William deve seguir. É provável que concorra à Câmara de Mato Leitão nas eleições municipais de 2028.