Canil da 8ª DPR sedia treinamento de intervenção prisional com cães

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Dominar as técnicas de intervenção prisional, com e sem o uso de cães, foi o treinamento ministrado durante a segunda-feira, 25, e a terça-feira, 26, na sede da Seção de Cães de Guerra da Polícia do Exército (PE), em Porto Alegre, e no canil da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR), junto à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). Trinta e três alunos e 11 monitores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do Uruguai participaram do curso, ministrado pelo coordenador do canil, Diogo Blaszak, com auxílio do colega, Luiz Patrício.

Nestes dois dias, os alunos da PE, do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), da Polícia Penal, da Aeronáutica e do Exército do Uruguai aprenderam técnicas na teoria e depois as usaram na prática, em uma pista de treinamento montada na área do canil, em Vila Estância Nova. “Toda a estrutura foi feita com mão de obra prisional e com o uso de materiais recicláveis”, revelou Blaszak.

A pista de treinamento simula uma galeria de uma casa prisional e foi nela que os 33 alunos aprenderam as técnicas com uso de armamento pesado e cães, de acordo com a necessidade da intervenção.

Treinamento

O treinamento iniciou na segunda-feira, na Seção de Cães de Guerra da PE, com instruções teóricas. Diogo Blaszak e Luiz Patrício ensinaram, por exemplo, desde a escolha de um cão até o momento e a maneira correta de utilizá-lo. “Repassamos ensinamentos desde a escolha do filhote, como preparar o psicológico do cão, como ensinar a equipe a fazer a intervenção e como usar o cão como ferramenta de impacto psicológico”, explicou o coordenador do canil regional. Como empunhar e ‘descansar’ corretamente uma espingarda calibre 12 também foi ensinado, entre tantas outras técnicas.

Na terça-feira, os alunos receberam as instruções na prática. Todos, em grupos, simularam situações de intervenções, como a retirada de internos do meio da massa carcerária, por exemplo. “São situações que acontecem em meio a uma intervenção e é preciso agir corretamente e sempre com agilidade. Se houver uma falha, a intervenção pode ser comprometida”, explicou Blaszak. Por isso, todas as ações foram repetidas incansavelmente.

Aos poucos, o armamento pesado e os cães foram inseridos no treinamento e o uso de bombas e gás lacrimogêneo deixou a cena ainda mais real.

Blaszak aproveitou para agradecer o apoio incansável da Prefeitura, do Conselho da Comunidade e do vereador Ezequiel Stahl para que o sonho do canil regional se transformasse em realidade. “O canil está pronto e mostrando serviço. Mas ainda será ampliado”, resumiu.

Além do apoio aos órgãos de segurança, o canil auxilia na parte social, com o acolhimento e tratamento de animais de rua, assim como a aproximação dos cães com alunos e demais crianças, especialmente as que possuem necessidades especiais.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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