O acordo Mercosul Europa

Na sexta, 6, foi anunciado o acordo comercial Mercosul e União Europeia, após 25 anos de negociação. Durante a 65ª Cúpula do Mercosul, em Montevideo, o presidente do Uruguai e do Mercosul, Luis Lacalle Pou, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, acompanhados dos líderes dos demais países que integram o bloco sul-americano – Lula (Brasil), Javier Milei (Argentina), e Santiago Peña (Paraguai), fizeram o anúncio. Agora faltam novas etapas, como aprovação pelo Conselho de Ministros e o Parlamento Europeu. A França é a principal opositora do acordo e tenta influenciar outros países a não aceitar. A principal preocupação francesa é com os produtores rurais que pressionam o governo para não aceitar. E faz sentido. O presidente da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), Claudio Bier, aponta como um dos principais benefícios para a indústria gaúcha o maior acesso do segmento alimentício ao mercado europeu, já que o acordo se compromete a isentar 82% das importações agrícolas do Mercosul e dar acesso preferencial com tarifa menor a 97% dos produtos. “De uma maneira geral, o acordo é benéfico para o Rio Grande do Sul, visto o maior acesso ao mercado europeu pela indústria alimentícia gaúcha, por exemplo. Quanto aos segmentos de Máquinas e equipamentos, Equipamentos elétricos e Bebidas, esses sofrerão uma maior concorrência do mercado europeu, aumentando a necessidade de uma maior competição via qualidade e preços médios. Inegavelmente, o fluxo de investimento e o fluxo comercial devem aumentar para os próximos anos com a concretização do acordo”, afirma o dirigente.
O deputado federal Heitor Schuch (PSB), durante encontro de fim de ano com a imprensa regional, na sexta, 6, onde falou de suas atividades no ano, alertou que se o acordo abre mercados para produtos do Mercosul na Europa, também vai abrir mercado no Mercosul para produtos europeus, como vinhos italianos, espumantes franceses, queijos suíços, que também vão chegar aqui com tarifas reduzidas, competindo com a nossa produção.
O acordo comercial vai ser de oportunidades para ampliar o comércio entre os dois blocos econômicos, que somam 700 milhões de consumidores e PIB de US$ 21,3 trilhões.

Agroindústrias

Vicente Fin, chefe do Escritório da Emater em Venâncio, fez uma publicação em rede social em tom de crítica a vigilância sanitária no RS. Vendo o destaque em rede nacional para o queijo Minas que foi reconhecido como patrimônio cultural, ele fez uma referência dura contra a vigilância sanitária, o que em Venâncio não é novidade. “Que tapa na cara dos fiscais nossos que ficam criando barreiras de todas as formas às agroindústrias familiares”, escreveu Fin. A queixa também é de produtores que se sentem desmotivados a investir em agroindústrias temerosos do rigor da fiscalização. O prefeito Jarbas da Rosa tem se reunido com a fiscalização, que tem autonomia de ação. A Folha vai pautar esse tema nos próximos dias.

Do X

  • Veja: Nas mãos do governo, Correios têm rombo histórico de R$ 2 bilhões
  • CNN: Tereza Cristina diz que acordo Mercosul-UE é vitória do Itamaraty como Estado, não do governo
  • Folha S. Paulo: Voto de Toffoli sobre internet é considerado ‹bomba nuclear› por advogados, empresas e governo
  • Gazeta do Povo Censura e aliança com ditaduras radicalizam imagem do Brasil no exterior
  • O Globo Lula prepara reforma ministerial para atender ao Congresso e amarrar apoio em 2026
  • JRGuzzo: O regime Lula-STF quer tocar terror geral com a criação de um ‹golpe de Estado› que só existe na fábrica de denúncias da Polícia Federal e dos jornalistas



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

Clique Aqui para ver o autor

DESTAQUES

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido