Pesquisa realizada pela Folha do Mate e Terra FM nesta semana, em três supermercados de Venâncio Aires, aponta que a lista com 38 produtos apresenta 1,39% de acréscimo em dezembro, na comparação com novembro, quando o valor médio havia ficado em R$ 453,62.
No mês do Natal, a média para adquirir os produtos corresponde a R$ 459,93. Na comparação com dezembro de 2023, a diferença é ainda maior e equivale a 10,35%, já que no ano passado o valor médio para aquisição de todos os itens era de R$ 416,76.
Em dezembro, 18 itens tiveram acréscimo, 15 caíram e cinco permaneceram iguais. Os consumidores têm notado um aumento de preços geral, mas principalmente de carnes, o que é habitual nesta época do ano.
Entre as altas mais significativas está o preço da margarina 500 gramas, que passou de R$ 9,49 para R$ 11,04, 20,12% de elevação. O óleo de soja também está em alta, passando de R$ 8,69 para R$ 9,41, correspondente a 8,28% de acréscimo na média. Já entre as quedas mais significativas está o preço do quilo do tomate, que passou de R$ 5,91 para R$ 3,95, o equivalente a 33,16% de redução.
Amélia Horn, moradora de Linha Brasil, interior de Venâncio Aires, diz que não sente tanto o aumento dos preços porque costuma ir pouco ao supermercado. Nesta semana, aproveitou a vinda para a cidade para reforçar o estoque para as festas de fim de ano. Legumes, hortaliças e alguns tipos de carne são alguns itens que não precisam ser adquiridos por ter na propriedade da família. “Mas a economia sempre é necessária”, diz.
Sem exageros
O economista Heron Begnin, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), afirma que com as altas de preços no fim do ano, as pessoas precisam considerar que o mais importante nas festas é a reunião da família. “Por isso, não se deve ser influenciado por padrões de consumo expostos pelas mídias, procurando elaborar cardápios criativos para os as refeições das comemorações em família”, acrescenta.
O profissional considera que itens de alimentação, higiene e limpeza são produtos normalmente adquiridos nos supermercados que possuem forte impacto nas contas mensais das famílias de menor poder aquisitivo. No entanto, o fator que mais impacta no endividamento do brasileiro é a falta de planejamento financeiro, “em especial na aquisição de bens duráveis como eletrodomésticos e veículos. Gastos com habitação e transporte são os que mais impactam na economia das famílias”, diz.