Com o início do ano, novos ciclos se iniciam e, aos poucos, o movimento do comércio e a circulação de pessoas na cidade retornam ao normal, após as férias. O período de compras de materiais escolares é uma das épocas mais movimentadas para o comércio, especialmente em janeiro e fevereiro. Com a volta às aulas, as famílias procuram cadernos, mochilas, lápis, livros e outros itens essenciais, o que gera um aumento significativo no fluxo de consumidores em papelarias e lojas especializadas.
Uma das lojas que tem registrado muito movimento nesta época do ano é a Mundo Real, que há 20 anos atua em Venâncio Aires. O gerente Cássio Rodrigo Portaluppi comenta que a loja está movimentada desde dezembro, com famílias em busca de materiais escolares. “Muitas pessoas trazem a lista completa dos materiais e compram tudo aqui. A expectativa é de boas vendas, o período sempre movimenta o comércio”, comenta.

Quem esteve pela loja para escolher os novos cadernos e componentes da mochila foi a aluna do 7º ano do Colégio Estadual Poncho Verde, de Mato Leitão, Bruna Maria Becker, de 12 anos, junto da mãe Aline Beatriz Schwendler Becker. A estudante está com grandes expectativas para voltar às aulas, já que neste ano terá 11 disciplinas curriculares. “Todos os anos escolhemos o Mundo Real para comprar os materiais dela. A Bruna sempre espera por esse momento”, conta Aline.
Já a proprietária da Papelaria e Livraria Ponta do Lápis, localizada no Centro de Venâncio Aires, Bruna Hickmann, observa que, neste ano, as famílias se anteciparam e garantiram todo o material escolar mais cedo. Ela também destaca o aumento nos atendimentos on-line. “Muitas pessoas optam por entrar em contato via WhatsApp para tirar dúvidas e pesquisar preços”, ressalta.

Apesar de ser uma sequência de um ano marcado por enchentes, a expectativa de vendas é positiva. Todos os anos surgem personagens de desenhos animados em alta, especialmente entre as crianças. Conforme Bruna, neste ano, o ‘queridinho’ é o Stitch, e os personagens do filme, Divertidamente se destaca. “Recebemos muitas crianças que vêm decididas sobre o que querem escolher, por conta da adoração pelos personagens”, relata.
*Colaborou Luana Schweikart
Preços
• Conforme a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), o material escolar deve ficar entre 5% e 9% mais caro em 2025. O presidente-executivo da associação, Sidnei Bergamaschi, diz que a elevação nos preços é atribuída a uma combinação de fatores econômicos e logísticos, como a alta tributação, custos de produção e a valorização do dólar.
Retornos das instituições
• Rede municipal: Emeis retornam nos dias 5 de fevereiro (turmas do nível IA, nível IB, nível II e nível III) e 19 de fevereiro (turmas do pré A e pré B). Emefs retomam as atividades no dia 20 de fevereiro.
• Rede estadual: 10 de fevereiro.
• IFSul: segue com aulas até o dia 27 de janeiro.
• Apae: 17 de fevereiro.
• Colégio Bom Jesus Aparecida: 17 de fevereiro.
• Colégio Gaspar Silveira Martins: 17 de fevereiro.
• Colégio Oliveira: 10 de fevereiro.
• Unisc: 5 de março.
• Univates: 24 de fevereiro.
• Uninter: Retornou na segunda-feira, dia 6 de janeiro.
FIQUE DE OLHO
1 A coordenadora do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Venâncio Aires, Fernanda Bauermann, destaca uma série de dicas importantes para a hora de comprar material escolar. Uma das principais recomendações é realizar uma pesquisa de preços, comparando valores em diferentes estabelecimentos. “Essa prática pode variar conforme a disponibilidade de tempo dos pais, mas quem consegue pesquisar bem pode até levar os preços encontrados a uma loja específica para negociar descontos”, enfatiza.
2 Outra orientação para quem faz compras em lojas físicas é verificar cuidadosamente todos os produtos. Testar canetas e adquirir as quantidades exatas ajuda a evitar problemas, pois muitas lojas não realizam trocas de material escolar. “Algumas estabelecem a troca em até 30 dias, mas a maioria não oferece essa opção”, explica.
3 Nas compras on-line, é fundamental redobrar a atenção. Fernanda alerta para a importância de verificar a segurança do site antes de finalizar a compra. Ela também ressalta que o consumidor tem sete dias para devolver os produtos, independentemente do motivo. “O direito à devolução nas compras online é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor, conforme o artigo 49, e esse prazo não pode ser ignorado”, lembra.
4 Por fim, ela reforça que existe uma legislação que proíbe as escolas de exigirem materiais de forma abusiva, como itens de higiene, brinquedos, produtos de limpeza, materiais de escritório ou quaisquer produtos de uso coletivo. “A lei federal determina que as escolas não podem exigir esses materiais dos alunos, por isso é essencial revisar a lista de itens solicitados”, conclui.
“É abuso contra o consumidor a escola indicar uma série de materiais e determinar o local para compra. O educandário pode indicar os materiais, porém não pode exigir uma mesma marca ou específica.”
FERNANDA BAUERMANN
Coordenadora do Procon de Venâncio Aires