Conhecida como aipim, macaxeira ou pão de pobre, suas raízes são a parte mais importante. De casca rugosa marrom e polpa branca ou amarela, é uma planta muito versátil e de ampla utilização, tanto na alimentação humana e animal, como para uso na indústria.
Uma das culturas que está presente em praticamente em todas as propriedades rurais de Venâncio Aires, é a mandioca, que é cultivada em 2.380 hectares. Conforme dados fornecidos pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, 430 propriedades têm a cultura como fonte de renda, sendo comercializada em feiras, diretamente ao consumidor, para agroindústrias de aipim descascado ou para a Ceasa em Porto Alegre, que é atualmente o principal mercado de raízes. “Se levarmos em conta que um hectare de aipim com mais ou menos 10 mil plantas produz em média 40 toneladas de folhas e talos, que normalmente são deixados nas lavouras, fase em que ainda possuem potencial para alimentação de animais, a cultura ainda é subutilizada”, observa a engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar local, Djeimi Isabel Janisch.
Variedades são doces e de mesa
Segundo a agrônoma, esta restrição está relacionada ao efeito do ácido cianídrico contido na planta. As folhas apresentam maior concentração do que as raízes. Nestas, a maior concentração encontra-se na casca. As variedades plantadas atualmente são em sua grande maioria, de mesa ou ditas doces, apresentando menor concentração de ácido se comparadas com as cultivares ditas amargas. Este, se ingerido pelos animais em quantidade excessiva, pode levar à morte. No entanto, este ácido é altamente instável, volátil e facilmente degradado. O processo de murchamento, secagem, picagem ou ensilagem degradam o ácido, tornando o material inofensivo para os animais. “Como todo alimento novo, o animal deve passar por um período de adaptação”, orienta Djeimi.
Os produtores ainda têm restrição do seu uso na alimentação animal
Djeimi JanischEngenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar.