“Não vou pedir desculpas, pois não ofendi ninguém”, diz Muchila sobre polêmica com monitoras

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A assistência do Plenário Vicente Schuck, espaço onde são realizadas as sessões da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, estava praticamente lotada na reunião de segunda-feira, 17. Boa parte das pessoas que marcaram presença eram monitoras de educação, que foram ao Legislativo em busca de uma retratação ou pedido de desculpas do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), que no encontro da semana anterior usou a palavra ‘coadjuvantes’ para classificar o papel destas profissionais no processo educacional, ao comparar o trabalho dos monitores com o dos professores.

Ao fazer comentários acerca de projetos que previam a contratação de 39 monitores, um professor e um supervisor escolar, Muchila disse que “educação se faz com professores e não com monitores, que são coadjuvantes”. Ao tomar conhecimento da manifestação, a categoria se mobilizou e foi para o Legislativo, mas não ouviu o que queria. “Não vou pedir desculpas, porque isso se pede quando se comete um ato falho ou se ofende alguém. Não ofendi, humilhei ou rebaixei. O que temos aqui é um grupo que foi incitado por servidor que ganha FG (função gratificada) do governo”, disse, sem citar nomes.

Ele também criticou as monitoras por não terem adotado a mesma postura na oportunidade em que a colega Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) fez manifestação infeliz acerca do ensino a distância (EAD) – ela mesma reconheceu o erro e se retratou, posteriormente – e atacou o presidente Dudu Luft (PDT), que distribuiu uma nota de repúdio relacionada ao episódio das monitoras. Por fim, o socialista fez nova comparação e outras indagações. “Ganham menos que os professores, não têm 45 dias de férias e nem hora-atividade. E o ódio é só contra o Muchila? Por que não aproveitam esta energia para cobrar valorização por parte do governo? Por que não se juntam e vão cobrar o secretário?”, questionou.

A única manifestação das monitoras durante a sessão foi uma salva de palmas, logo no início da reunião, quando a presença delas foi anunciada. Depois, acompanharam quase todo o encontro e ouviram as mensagens de valorização dos vereadores. Quando Muchila foi à tribuna, as fisionomias ‘se fecharam’, mas não houve qualquer interferência no pronunciamento do vereador. Quando ele concluiu, as profissionais deixaram o plenário, notadamente descontentes por não terem ouvido o pedido de desculpas.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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