As monitoras de Educação Infantil de Venâncio Aires decidiram se manifestar, oficialmente, sobre a polêmica que envolve uma afirmação do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB). Recentemente, ao criticar o fato de que o Município contratava várias monitoras e poucos professores, Muchila utilizou o termo “coadjuvante” para se referir às profissionais, ao mesmo tempo em que declarou que “educação se faz com professor, não com monitor”. Semana passada, na sessão da Câmara, as monitoras estavam presente e esperavam por um pedido de desculpas do político, o que não aconteceu. Ele manteve suas colocações, afirmando que não ofendeu nem humilhou qualquer profissional.
A partir disso, a categoria decidiu procurar o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Venâncio Aires, Júnior Ronan Hendges, para que uma providência fosse tomada. Dessa forma, uma nota de repúdio foi elaborada e enviada à coluna, já que este espaço repercutiu a polêmica. No comunicado, destacam “profunda indignação” em relação às declarações do vereador, que de acordo com elas, “desmerecem o papel fundamental das monitoras no processo pedagógico de educação”. Na sequência, a nota evidencia também que “essa visão equivocada ignora o impacto essencial que essas profissionais têm na formação, no bem-estar e no desenvolvimento das crianças”.
O comunicado ressalta ainda que a Educação Infantil começou com “caráter assistencialista” e os cargos eram de assistentes e monitores, até que as creches passaram a ser escolas e os professores foram introduzidos nestes ambientes, sendo recebidos, justamente, por quem já exercia as funções. “Atendentes, monitoras e professoras, em um trabalho conjunto, fizeram e seguem fazendo da escola um ambiente de educação e cuidado, com práticas pedagógicas pautadas em estudo, capacitações e muito comprometimento. O fazer pedagógico não é restrito ao momento de uma atividade dirigida”, continua a nota divulgada.
A parte final do comunicado – que não está sendo divulgado aqui na íntegra em função do espaço disponível – destaca que “as monitoras de Educação Infantil não são auxiliares secundárias. São protagonistas no dia a dia escolar, proporcionando um ambiente acolhedor, auxiliando na rotina pedagógica e contribuindo diretamente para o aprendizado e crescimento dos alunos. Não há educação sem professores. Não há educação sem monitores. Não há educação sem agentes escolares, profissionais de limpeza, crianças e famílias. Nós, monitoras, somos parte de uma grande equipe. Somos educadoras. Minimizar essa atuação é desrespeitar não apenas as profissionais envolvidas, mas também toda rede municipal de educação. Exigimos respeito e reconhecimento”.
Investigação dos 1.782 colchões
Assim que circulou a informação de que o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) tinha determinado a abertura de sindicância para apurar a falta de 1.782 colchões no Almoxarifado Municipal, a repercussão foi grande. O número elevado de unidades e a avaliação dos itens em R$ 461.538,00 deixou muita gente de cabelo em pé. A Prefeitura divulgou uma nota oficial que traz como principal hipótese para o ‘mistério’ uma provável inconsistência entre notas fiscais da empresa que vendeu os colchões e relatórios de distribuição. A maior preocupação se dá pelo fato de que os recursos são federais, referentes à calamidade decorrente da catástrofe climática de maio do ano passado. Por isso, a determinação de uma medida investigatória. Pode ser um detalhe, mas precisa ser esclarecido.
Frases
“Não podemos botar o problema pra baixo do tapete. Não podemos ficar sem respostas, esperando a próxima chuva. Precisamos de um projeto de drenagem sério. Não é barato, mas a cidade cresceu e é hora de ações efetivas”. Do vereador Jeferson Schwingel, o GP (PP), sobre a necessidade de um planejamento para minimizar os impactos das enxurradas na região baixa de Venâncio Aires.
“Nós já destruímos o meio ambiente”. Da vereadora Alessandra Ludwig (PDT), ao comentar sobre os eventos climáticos que têm sido registrados nos últimos anos.
“Não podemos condenar o arroio Castelhano. Às vezes, nem é lixo, mas acúmulo de areia. É hora de todos colaborarem para que tenhamos avanços, porque normalmente, onde o ser humano põe a mão, a gente acaba se decepcionando”. Da vereadora Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos), sobre a necessidade de a comunidade contribuir com ações de redução de danos relacionadas às enxurradas.