Com o intuito de promover a sustentabilidade e a preservação da biodiversidade nas propriedades rurais, o Projeto JTI Bio chega ao Rio Grande do Sul após uma fase bem-sucedida no Paraná. A iniciativa, criada em 2014, já beneficiou produtores no estado vizinho e agora se expande para municípios do interior gaúcho.
O JTI Bio é uma parceria entre a Japan Tobacco International (JTI) e a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). O projeto visa incentivar boas práticas de conservação e monitoramento participativo da biodiversidade nas propriedades rurais. Por meio do levantamento da fauna, flora e das Áreas de Preservação Permanente (APP), ele auxilia os produtores a implementarem práticas que promovam a recuperação ambiental, ao mesmo tempo em que mantêm ou aumentam a produtividade agrícola.
No Rio Grande do Sul, 22 produtores já participam da primeira etapa do programa, com previsão de entrega das primeiras ações em maio e conclusão em agosto de 2025. O foco inicial está em municípios como Arroio do Tigre, Sobradinho, Ibarama, Estrela Velha, entre outros da região.
Luiz Alberto Baierle, produtor rural de 53 anos, de Arroio do Tigre, é um dos participantes do projeto. “Tenho mais de três décadas de experiência no campo e, ao longo desse tempo, aprendi a importância em manter um equilíbrio entre a agricultura e a natureza. O que me chamou a atenção no programa foi justamente essa abordagem, que contempla biodiversidade, vegetação nativa, água, solo e fauna. Acredito que a agricultura pode e deve caminhar junto com a natureza, de forma que todos ganhem – a produção e o meio ambiente.”
De acordo com a supervisora de Treinamento e Projetos Agroambientais da JTI, Fernanda Regina Wagner, o JTI Bio tem contribuído para o aumento da conscientização ambiental entre os produtores rurais. “É uma oportunidade única para esses produtores manterem suas propriedades sustentáveis, não apenas para o benefício imediato, mas para as gerações futuras.”
O sucesso do projeto entre os participantes no Paraná demonstra a viabilidade das práticas propostas. O projeto inclui, entre suas ações, a substituição de plantas exóticas invasoras por vegetação nativa, o plantio de mudas em nascentes e áreas de APP, e o treinamento contínuo dos produtores sobre a importância da conservação ambiental.
Além dos benefícios ambientais, o projeto traz vantagens econômicas diretas aos produtores, como a melhoria da fertilidade do solo, a redução de custos com controle de pragas e a promoção da polinização natural das culturas. Em áreas que adotaram as práticas do JTI Bio, a produtividade agrícola aumentou, devido à sinergia entre as práticas de conservação e a produção rural.
O JTI Bio também busca integrar conceitos de ESG (Environmental, Social and Governance), mostrando que a sustentabilidade é essencial para a continuidade e sucesso do setor agrícola. “O projeto tem o objetivo de envolver os produtores de forma participativa e voluntária, buscando sempre soluções que alinhem as necessidades ambientais com a produtividade do campo”, explica Fernanda.
