No fim da manhã de sexta-feira, recebemos a informação de que a Assoeva fechará as portas. Inicialmente, soube-se que não haveria time profissional nem equipe sub-20. Em seguida, surgiu a informação de que as pendências financeiras eram mais graves do que se imaginava. Diante disso, a diretoria procurou advogados e contadores para avaliar possíveis soluções que pudessem salvar a Assoeva. No entanto, já era tarde demais. Assim, a diretoria foi convocada para uma assembleia extraordinária no dia 31 de março, quando serão explanados os problemas e comunicado o encerramento das atividades da Assoeva.
Problema antigo
A situação financeira da Assoeva não é um problema recente. Em 2019, a sede do clube foi arrematada em um leilão para quitar uma dívida com um ex-jogador. Desde então, outros processos surgiram, e o mais grave deles ainda não tem uma solução definitiva. Somente agora, em março, a atual diretoria teve plena noção da gravidade do problema. Para agravar a situação, a Assoeva não foi contemplada pelo PROMEIA, um projeto da Prefeitura que destina verbas a entidades esportivas, o que tornou o cenário ainda mais crítico. É verdade que o projeto apresentado pela Assoeva ficou bem abaixo dos demais concorrentes.
Sem comunicação
Na semana passada, já havia escrito que o então técnico Boni estava sozinho na organização das atividades do futsal para 2025. Ele entrava em contato com jogadores, organizava apartamentos, buscava parcerias com restaurantes e fazia tudo o que estava ao seu alcance. No entanto, quando precisava do apoio da retaguarda, não obtinha respostas. Essa dificuldade de comunicação na Assoeva não é novidade. Quem deveria responder por muitas questões simplesmente se calava ou se omitia.
E agora?
Os motivos para o encerramento estão claros, mas é fundamental que algumas respostas sejam dadas. Quem permitiu que a situação chegasse a esse ponto? De quando são as pendências? Onde estão os balanços financeiros dos últimos anos da Assoeva? Quantos profissionais ainda têm valores a receber da entidade? Com o fim da Assoeva, o futsal de Venâncio Aires perde uma referência. Uma cidade que respira o esporte não pode simplesmente ficar órfã! Torço para que novas lideranças surjam e, quem sabe, iniciem um trabalho que permita, em breve, que o bicho pegue na terra do chimarrão.