Sexta-feira, 14 de março, foi o Dia Nacional dos Animais, data que tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os cuidados que devem ser dados aos bichanos, sejam domésticos ou selvagens. No entanto, pela manhã, um incidente mobilizou a comunidade venâncio-airense: o cão comunitário Stive foi atacado por um pitbull e precisou de atendimento veterinário.
Quem circula pelo Centro de Venâncio Aires, com certeza conhece Stive. Junto do fiel companheiro Caramelito, costuma passear livremente, encantando moradores e comerciantes. O cão de porte médio a grande e cor branca com manchas caramelo, teve uma briga com um pitbull (que ainda não se tem conhecimento do tutor e que é avaliado pela Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal), que rapidamente foi interrompida por moradores e pessoas que circulavam pelo local. Stive sobreviveu ao ataque, apenas com escoriações e, agora, está em recuperação na Clínica Quatro Patas – tratamento em parceria com a Semma.
Stive e Caramelito costumam estar presentes em eventos na cidade e têm o costume de parar em estabelecimentos locais para receber petiscos e água fresca, oferecidos por funcionários e proprietários que já os contam como ‘clientes’ especiais. Entre esses comércios, não é raro encontrá-los descansando à sombra de uma padaria ou em frente a uma loja. Além disso, Stive também é adepto ao esporte e, costumeiramente, ‘invade’ as quadras de padel da Sociedade Olímpica de Venâncio Aires (Sova).
Cães comunitários
Segundo a fiscal de Posturas da Prefeitura de Venâncio Aires e voluntária da Organização Não Governamental (ONG) Resgautados, Daniele Mohr, a pronta resposta e o cuidado com Stive reafirmaram a importância de proteger os cães comunitários, garantindo-lhes acesso a tratamento e segurança.
A proteção e cuidado a estes cães estão previstos em categoria especial da Lei Estadual número 15.254/2019, que os define como aqueles que, mesmo sem um tutor único, são acolhidos por uma comunidade, recebendo cuidados coletivos como alimentação, abrigo e atenção veterinária.
Daniele afirma que proteger os cães comunitários é fundamental, porque eles representam não apenas a vida animal, mas também o espírito de solidariedade e responsabilidade compartilhada. “Esses cães, embora sem um tutor individual, recebem carinho, alimentação e cuidados veterinários de diversas pessoas e estabelecimentos, tornando-se parte integrante da comunidade”, destaca.
A presidente do Conselho de Proteção aos Animais, Edite Hoffmann, também enfatiza que cuidar dos cães comunitários é cuidar da humanidade. “Temos que promover uma convivência harmoniosa entre pessoas e animais. A história de Stive é cercada de carinho. Ele não pertence a uma só pessoa, mas a todos”, diz. Stive está vacinado e castrado.
O programa Toda Vida Importa, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal, visa proteger e cuidar de cães e gatos em situação de vulnerabilidade. Implementado em 2022, o programa se consolidou como uma das principais iniciativas de saúde animal no município, oferecendo cuidados essenciais como castrações, microchipagem e resgates de animais domésticos e silvestres.
